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Sobe o número de mortos em enchentes na Espanha

Da Redação
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O número de mortos nas enchentes devastadoras que atingiram a Espanha nos últimos dias subiu para pelo menos 205, enquanto as equipes de resgate continuam suas buscas por sobreviventes. As chuvas torrenciais que começaram na madrugada de terça-feira, 29 de outubro, resultaram em um rastro de destruição em Valência, a região mais afetada, onde 202 vidas foram perdidas.
As cenas em Valência são de destruição total: carros empilhados, árvores arrancadas e casas alagadas. Muitas pessoas foram pegas de surpresa e ficaram presas em porões e andares subterrâneos, dificultando o resgate. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, expressou sua solidariedade, afirmando que a prioridade é encontrar as vítimas e ajudar as famílias em sofrimento.
Os especialistas consideram este evento um dos piores desastres naturais da história recente da Espanha, com chuvas que quebraram recordes de 28 anos. A prefeita de Paiporta, uma comunidade próxima, confirmou que 62 moradores, incluindo idosos de uma casa de repouso, perderam a vida.
As enchentes afetaram não apenas Valência, mas também outras regiões da costa mediterrânea, onde casas ficaram sem água e um trem de alta velocidade descarrilou em Málaga, embora ninguém tenha se ferido. Cientistas atribuem a intensidade dessas chuvas às mudanças climáticas, que têm causado secas e aumento das temperaturas no país.
Mais de 1.000 soldados das unidades de resgate da Espanha se juntaram às equipes de emergência na busca por vítimas. Até quinta-feira, os militares haviam encontrado 29 corpos e resgatado pelo menos 110 pessoas. No entanto, Valência continua parcialmente isolada, com estradas bloqueadas e serviços de trem suspensos.
O caos gerado pela enchente também levou a episódios de saques em lojas e mercearias. A Polícia Nacional já prendeu 39 pessoas em áreas afetadas para prevenir saques a residências e estabelecimentos comerciais.
As autoridades enfrentam críticas crescentes sobre sua resposta ao desastre. O serviço meteorológico nacional apontou que a cidade de Chiva recebeu em apenas oito horas mais chuva do que em 20 meses. Contudo, o governo regional de Valência foi criticado por não emitir alertas de enchente até as 20h de terça-feira, quando já havia partes da região submersas.
O presidente regional, Carlos Mazón, defendeu sua administração, afirmando que os protocolos padrão foram seguidos. A situação ressalta a necessidade de uma análise mais profunda sobre a preparação e resposta a desastres naturais em um contexto de crescente intensidade climática.
Enquanto o país se recupera dessa tragédia, a esperança permanece na busca por sobreviventes e no apoio às famílias afetadas por essa calamidade sem precedentes.

GED

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