Ocupação de UTIs: em Goiás, 69 municípios estão em situação de calamidade devido à pandemia
Plataforma monitora o território goiano, apresentando um mapa de calor para determinar medidas contra a Covid-19
Após a alta no número de internações, subiu para quatro o número de regiões em situação de calamidade devido à pandemia da Covid-19. No total, são 69 cidades distribuídas nestas regiões: São Patrício 1, Central, Oeste 2 e Pirineus, conforme aponta o mapa da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).
Estes municípios devem adotar medidas mais rígidas para tentar impedir a contaminação acelerada. De acordo com a Secretaria, as recomendações aplicadas em regiões classificadas como situação “crítica” ou de “calamidade” só poderão ser modificadas se a região apresentar melhora da situação por duas semanas consecutivas (14 dias).
A plataforma monitora o território goiano, apresentando um mapa de calor para determinar medidas de combate à Covid. São previstas três situações: alerta (amarelo), crítica (laranja) ou calamidade (vermelho). A partir da divisão de cada localidade, a intenção é que os municípios adotem medidas de combate e controle da Covid-19, com procedimentos padronizados.
Segundo a pasta, a classificação das regiões leva em consideração seis indicadores, divididos da seguinte maneira: velocidade de contágio no tempo (Rt); incidência de casos de síndrome respiratória aguda grave e variação de mortalidade por Covid-19, para avaliar a aceleração do contágio, e as taxas de crescimento de solicitações de leitos de UTI, de ocupação de leitos de UTI, e de ocupação de leitos de enfermaria, públicos e privados, dedicados para pacientes com Covid-19, para avaliar a sobrecarga do sistema de saúde.
Restrições
Algumas cidades já adotaram medidas mais restritivas para conter a doença, a exemplo de Goiânia. Eventos como shows, apresentações e festas na Capital estão restritos a um público menor. Bares, restaurantes, lanchonetes e similares deverão funcionar com lotação de 50% da capacidade do local, obedecendo distanciamento entre as mesas de 1,5 m.
Para o funcionamento de boates e casas de espetáculos, o número de pessoas presentes também está limitado a 50% da capacidade de cada estabelecimento e fica proibido o uso de pistas de dança e permanência de pessoas em pé. “As doenças estão aí e a nossa maior preocupação é com a gripe também, que está tirando muitas pessoas do emprego e levando para o pronto-atendimento. Diferentemente da Covid-19, no caso da H3N2, não há vacina disponível ainda”, diz o prefeito Rogério Cruz.
UTIs
As mudanças são para tentar reverter a superlotação nos leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Estado. O percentual na rede municipal está em 95% e na estadual reduziu para 85%, mas ainda é considerado bastante alto.
Nas unidades da rede estadual, a ocupação está acima de 80% há mais de duas semanas. O número de leitos de UTI destinados para pessoas com Covid-19 passou de 147 para 197 nessas últimas duas semanas. Embora tenha ocorrido o aumento, a ocupação de vagas segue alta. A estratégia tem sido manter o nível de ocupação em torno de 85% e transferir leitos gerais para Covid-19 em blocos de dez e em alas dedicadas e isoladas.
Na última quarta-feira (26), o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN) anunciou a abertura de leitos para tratamento de Covid-19. O espaço conta com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com dez leitos e uma enfermaria com 30 acomodações destinados ao tratamento de pacientes com o vírus. “Consideramos que essa é uma importante iniciativa à população, principalmente em meio ao atual momento de aumento nos casos de pessoas com a doença”, destaca o diretor do Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), que administra o HCN, Getro de Oliveira Pádua.
*informações de ohoje