Ao menos 1,5 mil bolsonaristas foram presos após desocupação do QG
A maioria dos terroristas acabaram detidos durante a desmobilização do acampamento montado em frente ao QG do Exército, em Brasília
Ao menos 1,5 mil pessoas foram presas após a desocupação do acampamento que estava em frente ao Quartel General do Exército, nesta segunda-feira (9/1). Os vândalos estavam alocados no SMU desde o anúncio da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em novembro.
Agora, após a operação da Polícia Militar do DF e do Exército de retirada dos terroristas de frente ao QG, todos foram encaminhados à Superintendência da Polícia Federal e, em seguida, à Academia Nacional da PF.
Os militares deram uma hora para os acampados saírem do local e escoltaram os grupos de bolsonaristas em mais de 50 ônibus disponibilizados pela Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob). Antes do fim desta manhã e depois da saída dos extremistas, os militares começaram a remover barracas e itens pessoais encontrados nas tendas montadas pelos bolsonaristas. O espaço ficou vazio — à exceção das equipes do Exército, que removiam o que sobrou.
Depois de retirarem grande parte dos bolsonaristas, com auxílio das tropas de choque e da cavalaria, os militares entraram no acampamento, de fato, por volta das 9h50. Por volta das 10h40, restavam praticamente barracas vazias e tendas montadas pelos grupos mobilizados.
A chegada das equipes atende determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que demandou a desocupação da área em até 24 horas. A desmobilização ocorre um dia após os atos de vandalismo registrados contra as sedes dos Três Poderes, nesse domingo (8/1).
Fuga pelo Noroeste
Com medo de um possível embate com as forças de segurança e Armadas, os acampados partiram com itens pessoais em mãos, como malas, colchões e estruturas de barracas. No momento, o acesso de veículos à região do QG está proibido.
Por isso, diversas pessoas deixaram o local por vias que passam perto do Setor Militar Urbano (SMU), por trás do bairro Noroeste.
Os apoiadores do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) se instalaram no local em 30 de outubro de 2022, data do segundo turno das eleições, e permaneceram lá desde então.
O movimento começou como forma de questionar o resultado legítimo das eleições de 2022 e evoluiu para casos de vandalismo e depredação na área central de Brasília.
Investigações apontaram que grupos acampados em frente ao QG do Exército tiveram relação com atos terroristas em 12 de dezembro, bem como uma tentativa de atentado perto do Aeroporto de Brasília, também no mês passado.