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Uso de paracetamol na gravidez pode aumentar risco de autismo e TDAH, alertam cientistas

O que começou nos fo Pesquisadores de Harvard e Mount Sinai alertam que o uso frequente de paracetamol por gestantes está associado a maior risco de autismo e TDAH nos filhos. Especialistas recomendam doses mínimas e o menor tempo possível de exposição, mas enfatizam que a interrupção abrupta sem orientação médica pode trazer riscos ao bebê.
Um novo estudo conduzido por cientistas da Harvard School of Public Health e do Mount Sinai Hospital nos Estados Unidos reforça preocupações sobre o uso do paracetamol durante a gestação. Analisando dados de mais de 100 mil pessoas, os pesquisadores encontraram uma associação consistente entre a exposição pré-natal ao medicamento e o aumento de casos de autismo e TDAH.
Segundo os autores, esta é a análise mais abrangente feita até hoje, oferecendo o “evidência mais forte até agora” de um possível vínculo. Apesar disso, eles reforçam que os resultados não provam que o paracetamol cause diretamente esses transtornos, apenas indicam que o risco é suficiente para justificar maior cuidado.
O Dr. Diddier Prada, coautor e professor assistente de saúde populacional em Mount Sinai, destaca: “Estudos de melhor qualidade mostram com mais clareza a relação entre o uso de acetaminofeno durante a gravidez e o aumento do risco de autismo e TDAH. Dado o uso tão comum do medicamento, mesmo um pequeno aumento de risco pode ter grandes implicações de saúde pública.” Especialistas orientam que gestantes não devem interromper o uso de paracetamol por conta própria. Dor ou febre não tratadas podem ser prejudiciais ao bebê. A recomendação é sempre consultar o médico e, quando possível, priorizar métodos não medicamentosos de alívio de dor.
No Reino Unido, o NHS recomenda o paracetamol como primeira escolha para gestantes, mas apenas em doses baixas e por curto período. Estima-se que 50% das gestantes britânicas usem o medicamento, enquanto nos Estados Unidos o número sobe para 65%.
Para chegar às conclusões, os pesquisadores revisaram 46 estudos independentes, reforçando a necessidade de orientação médica individualizada, principalmente para gestantes com problemas de fígado, rins ou em uso de medicamentos como anticonvulsivantes.

GED

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