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Banimento do TikTok é disputa dos EUA com China, dizem pesquisadores

Da Redação
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A lei que proíbe a presença do TikTok nos Estados Unidos, caso a empresa proprietária da rede social, a chinesa ByteDance, não venda a plataforma, revela uma disputa acirrada pela liderança da corrida tecnológica e geopolítica, na qual os norte-americanos estão perdendo a supremacia global que exerceram por décadas, segundo pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil.
O TikTok, com seu sistema algorítmico de sucesso na modulação da atenção dos usuários, conseguiu romper a barreira linguística e se tornar uma rede social de grande popularidade nos EUA e em outros países, incluindo o Brasil. Enquanto isso, outras plataformas começam a perder usuários.
A justificativa do governo americano para a proibição é a possível ameaça à segurança nacional devido à coleta de dados dos usuários pela empresa chinesa. A ByteDance promete uma batalha judicial na Suprema Corte para impedir o banimento, que afetaria os mais de 170 milhões de usuários ativos do TikTok nos Estados Unidos. “Não me parece haver nenhum indício de que o TikTok seja mais invasivo que qualquer outro aplicativo concorrente, tanto que a solução oferecida [pelo governo dos EUA] não envolve uma exigência tecnológica de adequação de segurança ou proteção de dados, mas apenas a opção pela venda para uma empresa estadunidense”, analisa advogado Paulo Rená, professor e doutorando em Direito, Inovação e Tecnologia e integrante do coletivo AqualtuneLab.

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