Solteiros ricos abandonam apps e investem até US$ 9 mil em serviços personalizados de namoro

Da Redação
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Frustrados com os aplicativos tradicionais de namoro, solteiros de alta renda têm optado por serviços personalizados que chegam a custar até US$ 9 mil. A demanda por esse tipo de atendimento cresceu nos últimos meses, segundo empresas do setor ouvidas pela Bloomberg News.
Adam Cohen-Aslatei, CEO do serviço Three Day Rule, afirma que a empresa vive seu melhor momento em 15 anos, com aumento expressivo nas vendas. Diferentemente dos aplicativos que dependem de “swipes”, esses serviços buscam conexões significativas, avaliando os membros antes do primeiro encontro por meio de verificações de antecedentes criminais e de casamento, além de considerar preferências como altura e religião.
O modelo de matchmaking, que ganhou destaque após o filme “Amores Materialistas”, protagonizado por Dakota Johnson, privilegia encontros presenciais e acompanhamento personalizado, incluindo orientações sobre roupas e comportamento. Elliot Galpern, ex-usuário do Three Day Rule, conheceu sua esposa pelo serviço e destaca o suporte recebido para aumentar sua confiança.
Apesar do alto custo, que pode chegar a seis dígitos em alguns casos, os clientes aceitam pagar pela exclusividade e pela qualidade das combinações. Entretanto, o serviço não garante sucesso, e o fracasso pode ser frustrante, como relata Paige, que já investiu US$ 7 mil em três serviços diferentes.
O mercado premium de encontros tem resistido às dificuldades econômicas que afetam outras áreas de luxo, enquanto os aplicativos populares, como Tinder, enfrentam queda no número de assinantes pagantes. Para jovens profissionais, serviços como The League, adquirido pelo Match Group, oferecem uma alternativa mais seletiva.
Michelle Frankel, proprietária da NYCity Matchmaking, observa aumento na procura especialmente entre homens de 23 a 30 anos, reflexo das oportunidades perdidas durante a pandemia. A expectativa é de crescimento ainda maior com a visibilidade trazida pelo filme e a crescente discussão sobre a “epidemia de solidão”.