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Presidente argentino revoga aumento de salário próprio e de ministros após críticas

Da Redação
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O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou no último sábado (9) a revogação do decreto que aumentava seu próprio salário e dos ministros em 50%, após uma onda de críticas por parte da imprensa e da oposição do país. Esta medida surge após Milei ter concedido um aumento de 30% no salário mínimo dos trabalhadores em fevereiro, um valor abaixo do esperado pelos sindicatos. No mesmo mês, o presidente também havia aumentado seu próprio salário.
A repercussão negativa levou o mandatário argentino a culpar a ex-presidente Cristina Kirchner por um decreto de 2010 que estabelecia que os políticos deveriam ganhar sempre mais que os funcionários públicos, o que automaticamente teria aumentado seu próprio salário. No novo decreto publicado por ele, os valores voltariam a ser os mesmos de dezembro de 2023. No entanto, Cristina Kirchner rebateu a justificativa de Milei em suas redes sociais. Ela questionou se o presidente não lê o que assina e argumentou que o decreto não incluía expressamente as autoridades. Além disso, ela refutou a associação do aumento salarial com o decreto de 2010, afirmando que este não tinha relação com reajustes salariais. A ex-presidente encerrou sua crítica insinuando que Milei estava tentando culpar uma mulher, em referência à sua própria figura.
Em meio à polêmica, a Casa Rosada emitiu um comunicado oficial declarando que o decreto estabelecido por Cristina Kirchner foi eliminado, afirmando que a medida visava proteger os bolsos da chamada “casta” política tradicional, e que chegou a hora dos políticos pagarem o custo do desvio de fundos que causaram.
Por fim, Milei provocou novamente Cristina Kirchner, anunciando à meia-noite em suas redes sociais que havia cancelado os aumentos salariais de todo o gabinete nacional e sugerindo a redução da aposentadoria privilegiada da ex-presidente. Este episódio reflete uma intensificação da tensão política na Argentina e a polarização entre diferentes setores políticos do país.

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