A Delegacia Estadual de Crimes contra a Administração (Decarp) deflagrou, na quarta-feira (30/6), a Operação Tionibus, que investiga possíveis fraudes em procedimentos licitatórios e contratos firmados pela Prefeitura de Trindade, que somam cerca de R$ 30 milhões. De acordo com a polícia, o esquema favorecia empresas específicas na contratação de tendas, combustíveis e frota veicular do município.
Nesta primeira fase da operação, foram apreendidos cerca de R$ 200 mil em dinheiro, além de três armas de fogo. De acordo com a corporação, foram cumpridos 40 mandados de busca e apreensão em Trindade, Goiânia, Aparecida de Goiânia e Iporá. O valor apreendido pela polícia foi encontrado na casa de um dos investigados.
Em entrevista coletiva, o delegado adjunto da Decarp, João Carlos de Freitas Junior, afirmou que a organização criminosa simulava uma concorrência entre empresas específicas para direcionar as licitações “Havia um eixo de investigação onde um grupo familiar era dono de vários postos de combustível e esses postos concorriam entre si em supostas licitações”, detalhou o delegado João Carlos de Freitas Junior durante entrevista coletiva.
Ainda segundo a polícia, além de empresários, são investigados o ex-secretário de Gestão e Planejamento, o atual chefe de controle interno e os secretários municipais de Desenvolvimento da região Leste e de Infraestrutura, que permaneceram da gestão passada. O secretário de Segurança Púbica de Goiás, Rodney Miranda, afirmou que a investigação tem duas pontas. “As fraudes executadas e se as empresas que foram beneficiadas, foram alcançadas”, explicou durante a coletiva de imprensa.
Em nota, a Procuradoria Geral do Município de Trindade informou que a atual administração colabora com as investigações e que a prefeitura é a principal interessada na resolução do caso.
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