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Nova esposa de João de Deus presta serviço como conciliadora para TJGO

Justiça goiana diz que advogada não tem vínculo empregatício com órgão. Conversão de união estável em casamento deve ser concluída nesta 4ª

A advogada Lara Cristina Capatto, de 50 anos, que oficialmente deve se tornar nesta quarta-feira (4/5) a nova esposa do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, de 79 anos, presta serviços como conciliadora no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), sem vínculo empregatício.

Em nota enviada ao Metrópoles, o TJGO informou que qualquer pessoa com capacitação em métodos consensuais, conforme resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pode se cadastrar para atuar como conciliador ou medidor auxiliar no Poder Judiciário.

“Lara Cristina Capatto foi aprovada para atuar como conciliadora auxiliar de justiça, posto sem vínculo empregatício com o tribunal. Mediadores e Conciliadores são prestadores de serviço”, disse a nota, que não informa a data em que a advogada foi aprovada para a função.

João de Deus e Lara Cristina viviam em união estável desde setembro de 2021, mês em que ele ainda estava cumprindo pena no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital. O casal optou pelo regime de separação de bens.

O pedido da conversão de união estável em casamento com a advogada foi feito no último mês de abril e deve ser concluído nesta quarta-feira (4/5), em Anápolis, a 55 km da capital goiana, onde ele mora e cumpre prisão domiciliar desde 2020.

Lara tem registro como advogada em São Paulo, mas atua em Goiás, onde fica seu domicílio. João de Deus já foi casado e tem nove filhos.

O advogado de João de Deus, Anderson Gualberto, afirmou, em nota, que não comenta casos privados de seus clientes. “A vida particular do meu cliente deve ser preservada e não temos autorização para comentar. De qualquer sorte, casar não é crime, nem atenta contra as regras da prisão domiciliar que foram impostas”, disse o defensor do ex-médium.

Condenações

Até o momento, João de Deus foi condenado cinco vezes por crimes sexuais, além de responder por posse irregular de arma de fogo de uso restrito e de uso permitido. Somadas, as penas já ultrapassam os 110 anos de prisão. Em 2020, no início da pandemia, ele passou a cumprir prisão domiciliar.

A mais recente condenação de João de Deus foi proferida em 31 de janeiro deste ano. A Justiça determinou que ele cumprisse quatro anos de reclusão por crime de violação sexual mediante fraude. O fato do crime ocorreu, conforme a denúncia, em agosto de 2018.

A sentença determinou, ainda, que o líder religioso pague indenização de R$ 20 mil à vítima por danos morais. Ele obteve o direito de recorrer em liberdade, mas já estava em prisão domiciliar por outro processo em tramitação no TJGO.

GED

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