Japão luta contra incêndio florestal que já queimou a maior área desde 1992

Da Redação
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O Japão continua hoje a tentar conter um incêndio florestal devastador que já queimou a maior área desde 1992, matando uma pessoa e obrigando mil moradores a abandonar suas casas no nordeste do arquipélago. O incêndio, que começou na quarta-feira (26), tem várias frentes ativas e já danificou mais de 80 edifícios, levando à evacuação de áreas em torno da cidade de Ofunato, na região florestal de Iwate.
De acordo com a Agência de Resposta a Desastres e Incêndios japonesa (FDMA, na sigla em inglês), 1.200 hectares foram devastados pelas chamas até o momento.
“Ainda estamos a tentar determinar a área afetada, mas é a maior desde 1992”, afirmou um porta-voz da FDMA à agência de notícias France-Presse. Em 1992, um incêndio destruiu 1.030 hectares em Kushiro, em Hokkaido, também no norte do país.
Cerca de 1.700 bombeiros foram mobilizados em todo o país para tentar controlar as chamas, que continuam a se alastrar, como mostram as imagens aéreas da emissora pública japonesa NHK.
A causa do incêndio ainda não foi confirmada, mas acredita-se que tenha começado em um barracão de trabalho e se espalhado para uma área arborizada, onde as condições meteorológicas secas favoreciam a propagação do fogo.
Este é o terceiro incêndio em uma semana a afetar as áreas costeiras do sul de Iwate, que estão em alerta para o tempo seco desde 18 de fevereiro. O último incêndio na região de Iwate foi alimentado por “ventos fortes”, segundo o presidente da Câmara de Ofunato, Kiyoshi Fuchigami.
Em 2023, o Japão registrou cerca de 1.300 incêndios florestais, concentrados no período de fevereiro a abril, quando o ar fica mais seco e os ventos aumentam. O ano de 2024 foi também o mais quente já registrado no Japão, de acordo com a agência meteorológica nacional, seguindo a tendência de aumento de eventos climáticos extremos em todo o mundo devido às mudanças climáticas.