G7 denuncia falta de legitimidade na posse de Nicolás Maduro como Presidente da Venezuela
Da Redação
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Os ministros das Relações Exteriores do Grupo dos Sete (G7) emitiram uma forte declaração na sexta-feira (10), denunciando a “falta de legitimidade” democrática na posse de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela para um terceiro mandato consecutivo. A declaração, assinada pelo Canadá, que preside o grupo neste ano, critica a continuidade do poder de Maduro à custa do povo venezuelano.
“O G7 rejeita a pressão contínua e repressiva de Maduro sobre o poder, que vai contra a vontade do povo venezuelano, que votou pela mudança pacificamente e em grande número em 28 de julho de 2024, de acordo com observadores independentes e registros eleitorais disponíveis publicamente”, afirmou o comunicado.
O G7, composto pelas economias mais avançadas e industrializadas do mundo — Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido — se posiciona como um fórum informal que visa discutir questões globais, e seu posicionamento reflete as críticas internacionais ao governo de Maduro.
A posse de Nicolás Maduro ocorreu na manhã de sexta-feira, no Palácio Federal Legislativo, em Caracas, organizada pela Assembleia Nacional, controlada pelo partido governista. O evento aconteceu em meio a protestos contra o plano de Maduro de permanecer no poder por mais seis anos, apesar de evidências confiáveis de que seu oponente teria vencido nas urnas nas eleições de julho de 2024.
Durante o mesmo dia, centenas de manifestantes contrários ao governo tomaram as ruas da capital, denunciando a ilegitimidade do processo eleitoral. Maria Corina Machado, líder da oposição, foi brevemente detida pelas forças de segurança enquanto participava do protesto. Também se uniram aos manifestantes um ex-deputado popular e o ex-diplomata Edmundo González Urrutia, que exigiram que ele assumisse a Presidência da Venezuela.