Na manhã desta terça-feira (22), pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) interceptaram um avião que adentrou o espaço aéreo brasileiro de forma ilegal. A aeronave, um monomotor modelo PA-28 Cherokee, vinha do Peru e operava sem um plano de voo autorizado, levantando suspeitas sobre suas intenções.
A interceptação ocorreu por volta das 10h50, quando a aeronave foi detectada pela rede de radares do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Sisdabra), sobrevoando a cidade de Lábrea, no sul do Amazonas, a aproximadamente 700 quilômetros de Manaus. Em resposta, as aeronaves militares de defesa aérea e de vigilância e reconhecimento foram mobilizadas para a ação.
Os militares tentaram estabelecer comunicação com o piloto, transmitindo ordens para que se identificasse, alterasse a rota e realizasse um pouso seguro. No entanto, como os comandos não foram atendidos, a FAB efetuou disparos de aviso. O piloto, então, fez um pouso forçado em uma área descampada próxima à Rodovia Transamazônica.
Antes de abandonar a aeronave, o piloto ateou fogo ao avião, provavelmente na tentativa de destruir evidências que pudessem facilitar sua identificação. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal, que busca esclarecer os motivos da presença do monomotor em território brasileiro.
O major-brigadeiro João Campos Ferreira Filho, chefe do Estado Maior Conjunto do Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), destacou a eficiência do sistema de monitoramento e a prontidão das equipes da FAB. “As tecnologias de monitoramento embutidas em nossos radares, juntamente com a prontidão das tripulações e controladores, aumentam a nossa capacidade de mapear as rotas dos traficantes e agir para impedir que a droga chegue em seu destino”, afirmou.
Essa ação reforça a importância da vigilância constante nas fronteiras do Brasil, especialmente em áreas suscetíveis ao tráfico de drogas e outras atividades ilegais. A sociedade aguarda mais informações sobre a investigação e possíveis desdobramentos deste incidente.