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Conta de luz fica 18,7% mais cara em Goiás a partir desta quarta-feira (22)

Reajuste autorizado pela Aneel atinge 3,4 milhões de unidades consumidoras; aumento chega a 19,01% para baixa tensão

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o reajuste anual das tarifas da Equatorial Goiás, que começou a valer nesta quarta-feira (22/10). O aumento médio é de 18,7%, mas pode variar conforme o tipo de ligação e consumo de energia. O reajuste atinge cerca de 3,49 milhões de unidades consumidoras em todo o estado.

Na categoria residencial B1, que inclui imóveis de baixa renda, o acréscimo será de 18,74%. Já entre os consumidores de baixa tensão em média — grupo que engloba propriedades rurais e pequenos comércios — o aumento é ainda maior, chegando a 19,01%. Para os consumidores de alta tensão, como indústrias e grandes estabelecimentos comerciais, o reajuste ficou em 17,04%.

Segundo a Aneel, o aumento foi motivado por custos operacionais e financeiros da concessionária, incluindo despesas com distribuição, transporte e aquisição de energia, além de encargos setoriais e componentes financeiros que impactam o cálculo da tarifa.

Impacto e reação

O reajuste foi recebido com preocupação por consumidores e setores produtivos, já que ocorre em um momento de alto consumo devido às temperaturas elevadas e recordes de demanda elétrica registrados neste segundo semestre. Nas redes sociais, o governador Ronaldo Caiado criticou o aumento e atribuiu a alta ao governo federal. Segundo ele, “Goiás não consegue se desenvolver ainda mais por não ter energia suficiente para atender à demanda”.

A Equatorial Goiás, que assumiu o controle da antiga Enel em 2022, é responsável pela distribuição de energia em 237 municípios goianos. A empresa afirmou que os reajustes seguem as determinações da Aneel e são necessários para manter a sustentabilidade do sistema elétrico.

Contexto e números

Desde o início do ano, o consumo de energia em Goiás vem batendo recordes devido ao calor intenso e à expansão de atividades comerciais e industriais. O estado está entre os que mais registraram aumento de demanda no Centro-Oeste.

Com o novo reajuste, especialistas alertam para o impacto direto no custo de vida das famílias e na produção agrícola e industrial, setores fortemente dependentes de energia elétrica.

GED

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