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Caiado afirma que direita conservadora está “totalmente articulada” durante manifestação por anistia


O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), declarou neste domingo (6) que a direita conservadora brasileira está “totalmente articulada e compromissada em resgatar o Brasil”. A fala foi dada em São Paulo, durante a manifestação liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em defesa da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

A presença de Caiado no evento ocorre logo após o lançamento oficial de sua pré-candidatura à presidência da República, feito na última sexta-feira (4), em Salvador. Ao comentar sobre o cenário eleitoral de 2026, o governador destacou que todos os presidenciáveis da direita terão seu espaço respeitado.

“Temos cinco presidenciáveis. Eu, Ratinho Junior (PSD), Romeu Zema (Novo), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Bolsonaro. Vamos respeitar cada pré-candidato. Cada um tem o seu espaço”, afirmou aos jornalistas.

A manifestação na Avenida Paulista reuniu diversos líderes políticos, incluindo os governadores Jorginho Mello (PL-SC), Wilson Lima (União Brasil-AM) e Mauro Mendes (PL-MT), além dos presidenciáveis citados por Caiado. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), cancelou sua participação devido às fortes chuvas no estado, que deixaram centenas de desabrigados. Antes do evento, os governadores se encontraram com Bolsonaro.

Além da pauta da anistia, o ato foi marcado por demonstrações de apoio a Bolsonaro e críticas às condenações dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Um grande batom inflável fazia referência ao caso da cabeleireira Débora dos Santos, condenada a 14 anos de prisão após pichar a estátua da Justiça, em frente ao STF. Ela foi recentemente autorizada a cumprir pena em regime domiciliar por ter filhos pequenos, e seu caso tem sido usado como símbolo pelos defensores da anistia.

Cartazes exibidos na manifestação comparavam os condenados com personagens do filme Ainda Estou Aqui, que retrata a história de Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, morto durante a Ditadura Militar. As imagens colocavam lado a lado os radicais presos após o 8 de janeiro com o título do filme, buscando estabelecer um paralelo controverso entre os dois contextos históricos — mesmo com os manifestantes defendendo o retorno da ditadura ao apoiar um golpe de Estado.

GED

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