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Após prisão dos acusados do assassinato de Moïse, polícia identifica outros dois casos semelhantes

Em menos de um mês, outros dois homens foram mortos por espancamento da orla da Barra da Tijuca

A juíza do Plantão Judiciário, Isabel Teresa Pinto Coelho Diniz, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), decretou, nesta quarta-feira (02/02), a prisão dos três homens envolvidos na morte do imigrante congolês Moïse Mugenyl Kabagambe. Outros dois espancamentos fatais na orla da Barra da Tijuca são investigados pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), somente em janeiro.

Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, Brendon Alexander Luz da Silva e Fábio Pirineus da Silva foram presos temporariamente e responderão por homicídio duplamente qualificado. Os acusados foram identificados após o depoimento de testemunhas que presenciaram o espancamento, mas, segundo a juíza, ainda são necessárias mais investigações para esclarecer os fatos.

“Contudo, ainda existem diligências e atos investigativos a serem realizados a fim de que os fatos sejam melhor elucidados. A prisão temporária é uma espécie de medida cautelar que visa assegurar a eficácia das investigações para, posteriormente, possibilitar o fornecimento de justa causa para a instauração de um processo penal”, afirmou a juíza Isabel Teresa nesta madrugada.

As imagens do quiosque mostram que três homens participaram da sessão de violência contra Moïse, que foi brutalmente agredido a pauladas, após o início de uma aparente discussão. As circunstâncias da briga ainda estão sendo apuradas pela polícia, que também apura outros dois inquéritos sobre corpos de homens encontrados no mar e na areia da praia, neste mês, na orla da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Os três casos possuem similaridades e podem ter relações entre si. O primeiro inquérito corresponde à morte de um homem, que foi encontrado por um pescador boiando na água e com as mãos amarradas, no dia 09 de janeiro. A outra investigação apura a morte de outro homem no dia 12 de janeiro. Testemunhas alegaram que dois homens estavam procurando pela vítima momentos antes do crime.

Segundo o laudo de necropsia do Instituto Médico-Legal (IML), ambos foram vítimas de uma ação contundente, ou seja, ataques com chutes, socos, cabeçadas, pauladas ou outras formas de agressões. De acordo com a DHC, ainda não há informações sobre a autoria ou as motivações dos crimes, mas, devido às semelhanças dos três casos, podem ter relações entre si.

GED

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