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Prefeito Mabel manda multar feirantes enquanto fecha emergência e assina contrato milionário!

Enquanto a população enfrenta filas na saúde, cortes na emergência da Maternidade Célia Câmara e questiona contratos milionários sem licitação, a Prefeitura de Goiânia parece ter encontrado um novo “inimigo”: os feirantes dos mercados municipais.

Isso mesmo. Desde a semana passada, comerciantes de pelo menos sete mercados populares da cidade começaram a ser notificados e fiscalizados.

O motivo? Estão proibidos de deixar mercadorias nos corredores, mesmo que seja só uma bacia, uma cadeira ou um rodo colocado na porta da loja para atrair freguesia.

Ordem é guardar tudo — ou pagar o preço.

A Secretaria de Gestão de Negócios e Parcerias (Segem) exige que tudo fique dentro da área da banca, sob risco de multa e até cassação do espaço. A justificativa da prefeitura é que os corredores precisam estar livres para circulação, segurança e limpeza. Mas a medida, para muitos trabalhadores, soa como perseguição em tempos difíceis.

Sempre vendi assim, a vida inteira. O povo já conhece meu ponto desse jeito. Isso aqui não é shopping, é mercado popular!”, diz um comerciante do Mercado Central que pediu anonimato por medo de retaliação.

O povo pergunta: isso é prioridade?
Com tantas necessidades batendo à porta da população — como a crise na saúde, a suspensão da emergência obstétrica e contratos milionários questionados por vereadores e pelo Ministério Público —, fica o questionamento: fiscalizar feirante é mesmo a pauta mais urgente da cidade?

Enquanto isso, falta médico, falta remédio e sobra buraco nas ruas. Mas o foco da Prefeitura agora é cobrar se o feirante colocou uma caixa de sabão em pó cinco centímetros além do seu espaço.

Não somos criminosos, somos trabalhadores”, dizem comerciantes

Márcio Magalhães Ribeiro, presidente da associação dos permissionários do Mercado Central, reconhece que a situação é delicada, mas pede bom senso da Prefeitura. “Tem que ter equilíbrio. A feira tem tradição. É uma questão de sobrevivência. A gente não é contra regra, mas isso afeta nossa venda num momento já muito difícil.”

Outros comerciantes relatam que a medida pode derrubar as vendas em até 30%, especialmente para quem depende do movimento visual para atrair o cliente.

Fiscalização pesada, mas e os grandes problemas?
A mesma gestão que fiscaliza banquinhas populares com lupa, tem enfrentado críticas por contratos milionários sem licitação, como o caso revelado recentemente pelo Jornal O Popular sobre fornecimento de serviços emergenciais com valores acima do praticado no mercado.

Resumo da bronca:

  • Prefeitura de Goiânia quer mercadorias dentro das bancas, sem nada nos corredores
  • Comerciantes dizem que medida prejudica as vendas e desrespeita a cultura de feira

Multas, notificações e risco de perder o ponto assustam os feirantes

População questiona: por que tanta pressa nisso, enquanto há caos em áreas mais urgentes?

E o povo? De que lado está?
Quem anda pelo mercado sabe: a feira é cultura, é comida na mesa de muita gente, é suor de trabalhador. A maioria dos clientes nem se incomoda com o jeito tradicional de expor os produtos. Para muitos, o problema da cidade não está no corredor da feira, mas no corredor dos hospitais.

GED

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