Brasil lidera inovação digital na América Latina com Pix e inteligência artificial

Um novo relatório sobre inovação digital mostra que a América Latina entrou definitivamente no mapa global da tecnologia — e o Brasil é o grande protagonista. Do Pix, hoje o sistema de pagamentos mais utilizado do mundo, ao consumo acelerado de inteligência artificial, o país desponta como polo de transformação digital e atrai o olhar de investidores internacionais.
A inovação digital na América Latina já tem marca registrada: “Made in Brasil”. O relatório, divulgado recentemente por uma consultoria especializada, revela que o país assumiu protagonismo em dois campos que estão revolucionando a economia mundial: pagamentos instantâneos e inteligência artificial.
O Pix, lançado pelo Banco Central em 2020, tornou-se o sistema de pagamentos mais utilizado do planeta. Segundo os dados, quase 60% da população brasileira usa a ferramenta diariamente, enquanto outros 25% fazem uso semanal. O alcance da tecnologia brasileira é tão expressivo que já inspira iniciativas em outros países e até gera debates políticos nos Estados Unidos, que analisam modelos semelhantes.
Mas não é apenas no setor financeiro que o Brasil se destaca. O relatório mostra que o país entrou no TOP-3 mundial em consumo de inteligência artificial, com 54 milhões de usuários ativos mensais do ChatGPT — número que supera até os Estados Unidos. Proporcionalmente, o resultado impressiona ainda mais: mais de um quarto dos brasileiros já utiliza a ferramenta, contra apenas 15% dos americanos.
Esse dinamismo revela não apenas a rapidez com que a sociedade brasileira absorve novas tecnologias, mas também a abertura para se consolidar como polo de atração de Big Techs globais. “O mercado local está maduro, ávido por inovação e cada vez mais estratégico para investimentos”, aponta o relatório.
O país, no entanto, não se limita a consumir tecnologia. Startups brasileiras de inteligência artificial já registram produtividade impressionante: quatro vezes mais receita por funcionário em comparação com empresas tradicionais. Isso reforça a percepção de que o Brasil está em processo de transição de importador de soluções para exportador de inovação, consolidando-se como hub tecnológico regional.