Estado
73 presos em 3 dias: governo avança no combate à violência contra a mulher em Goiás
“Não admitiremos que essas pessoas se sintam impunes”, diz Caiado, ao apresentar dados da Operação Marias que mobilizou centenas de policiais e envolveu todas as Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher e as delegacias regionais de Goiás
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Pioneira no Estado, a Operação Marias começou na última segunda-feira, 25, e será encerrada nesta quarta-feira. O número de prisões ainda deve aumentar. São 514 policiais mobilizados e 292 viaturas em uma força-tarefa envolvendo todas as Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (Deam) e as delegacias regionais de Goiás.
“Na primeira operação, a Violare, 151. Na operação de hoje, mais 73. Isso mostra a capacidade produtiva da nossa Polícia”, disse o governador Ronaldo Caiado. Ele faz uma alerta para que as mulheres denunciem os agressores, que informem a polícia sobre a violência sofrida pelo seu companheiro ou quem quer que seja. “Ao denunciarem quem a violentou, elas estão protegendo não só a elas, mas toda a sua estrutura familiar”, disse Caiado.
Secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda explica que tanto a Operação Marias quanto a Operação Violare têm um único sentido: diminuir ou acabar com a impunidade dos agressores a mulheres vulneráveis em Goiás. “Nós já tivemos um resultado pós-Violare muito bom em termos de redução da violência sexual. Esperamos ter esse mesmo resultado agora, em relação aos feminicídios ou às agressões de qualquer forma”, disse Miranda.
A delegada Paula Meotti, titular da Deam, fala que os presos de hoje são suspeitos de homicídio, agressão física, ameaça e crimes contra a honra. “A esmagadora maioria desses mandados de prisão são homens que já haviam praticado crimes anteriormente, contra as mesmas parceiras – ou até mesmo contra outras parceiras – e que foram presos preventivamente”, conta Meotti. Agora que foram recolhidos, eles ficam à disposição o Poder Judiciário.
Apoio às vítimas
Além de prender suspeitos e condenados por crimes contra mulheres, o governador Ronaldo Caiado fala das ações em possibilitar que as vítimas sejam capazes de dar o passo seguinte, desenvolvidas pela presidente do Grupo Técnico Social de Goiás, a primeira-dama Gracinha Caiado, e pela secretária de Desenvolvimento Social, Lúcia Vânia. “Temos que buscar uma condição de dar a elas uma continuidade de vida que não seja retornar para a casa do agressor ou, muitas vezes, ficar naquele ambiente que realmente ela não se sente segura”, disse Caiado.
Estas ações fazem parte do Pacto Goiano Pelo Fim da Violência contra a Mulher, com destaque para a criação do aplicativo “Goiás Seguro”, que facilita o acionamento da Polícia Militar pelo celular diante de um caso de violência; e a Sala Lilás, inaugurada na última segunda-feira, 25/11. Localizado na Superintendência de Polícia Técnico-Científica, o local exclusivo é para o atendimento de mulheres vítimas de violência.
Ainda no Pacto, foi determinado que todas as autoridades da Segurança Pública em Goiás – policiais civis e militares, agentes penitenciários e bombeiros – agora possuem a prerrogativa de algemar agressores e levá-los à delegacia mais próxima. No serviço público, nenhum cidadão envolvido em agressão à mulher será nomeado no Estado e o servidor público que cometer esse tipo de crime será exonerado.
A apresentação dos números da Operação Marias contou também com a presença do delegado geral da Polícia Civil, Odair José; da diretora geral da OVG, Adryanna Caiado, presidente da Codego, Marcos Cabral; do diretor da Escola Superior da Polícia Civil, Eraldo Augusto; da diretora de execução de Política para Mulheres da Secretaria Municipal da Mulher, Ludmila Daher, além de delegados, agentes, escrivães, imprensa e público em geral.
Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás