Da Redação
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O WhatsApp, aquele aplicativo que todo mundo usa pra tudo — desde combinar o almoço até resolver coisa de trabalho — começou a exibir anúncios. Mas calma lá: as propagandas não vão aparecer no meio das suas conversas, nem em grupos, nem nas chamadas. O foco é na aba Atualizações, onde ficam os famosos Status e os Canais.
A novidade começou a funcionar no último dia 17 de junho, e marca uma virada importante no aplicativo que, até então, sempre bateu o pé contra anúncios. Agora, com a Meta (dona do Facebook e do Instagram) buscando novas formas de ganhar dinheiro com o app, a publicidade entrou no jogo — mas com certo cuidado.Além dos anúncios, o WhatsApp também está lançando canais pagos (aqueles com assinatura mensal, tipo um “Clube do Fã”) e canais promovidos, onde quem quiser mais visibilidade paga por isso. É o famoso “paga que aparece”.Segundo a Meta, nenhuma informação das suas mensagens será usada para isso. O conteúdo das conversas segue com aquela criptografia de ponta a ponta, ou seja, só você e a outra pessoa conseguem ver. Nada de espiadinhas. Os anúncios serão direcionados com base em dados como país, idioma, canais que você segue e o tipo de conteúdo com que você interage.
E por que agora? A resposta é simples: grana. A Meta quer transformar o WhatsApp em uma verdadeira máquina de fazer dinheiro — especialmente em países como o Brasil, onde o app é praticamente uma extensão da vida real. E olha que funcionou: logo após o anúncio, as ações da empresa subiram quase 3%.
Mas nem todo mundo ficou feliz. Muita gente relembrou que, lá atrás, os criadores do WhatsApp eram totalmente contra esse tipo de coisa. Um deles chegou a dizer que “colocar anúncio em app de mensagens é um insulto à inteligência do usuário”. Pois é, o tempo passa, o mundo gira e a Meta… monetiza. Do lado dos reguladores, principalmente na Europa, o alerta já foi ligado. A empresa garante que está seguindo todas as normas, inclusive oferecendo controle total ao usuário sobre o uso dos seus dados para publicidade. Veremos.Enquanto isso, aqui no Brasil, o que importa é: suas conversas seguem protegidas, mas se você for fuçar aquela aba de Atualizações, não se assuste se topar com uma propaganda no meio dos status ou canais.
E aí, será que a galera vai engolir essa mudança numa boa? Ou vai começar a migrar pro Telegram de vez? A novela tá só começando — e a Meta promete mais novidades nos próximos meses.
