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Virmondes lança movimento contra fim do parcelamento sem juros no cartão

Deputado afirma que essa modalidade de crédito se tornou imprescindível tanto para consumidores quanto para as empresas

Sob ameaça de extinção ou limitação a ser imposta pelo Banco Central, a modalidade de parcelamento sem juros no cartão de crédito (PSJ) tornou-se imprescindível para consumidores e empreendedores. Esta é a opinião do deputado estadual Virmondes Cruvinel (UB), que usou a tribuna da Alego, na quarta-feira, 8, para anunciar a criação de um movimento em defesa do PSJ, que já conta com várias entidades.

Na tribuna, Virmondes pontuou que o PSJ é uma ferramenta valiosa, permitindo que consumidores adquiram produtos e serviços de forma acessível, ajustada aos seus orçamentos. Além disso, ele salientou que essa modalidade oferece ao comércio e prestadores de serviços uma linha de crédito mais econômica para o capital de giro, fortalecendo a economia.

O deputado afirmou que entidades importantes já estão mobilizadas para defender a manutenção do PSJ, incluindo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a Proteste (associação de consumidores), a Abad (atacadistas), a Abrasel (bares e restaurantes), a Afrac (automação comercial) e a Anamaco (material de construção).

Virmondes citou números expressivos que evidenciam a relevância do PSJ na economia brasileira. Com uma movimentação de R$ 1 trilhão, equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, o parcelamento sem juros tornou-se essencial para o varejo. “Pesquisa da CNC destaca que 9 em cada 10 varejistas adotam o PSJ como estratégia de vendas, enquanto o Datafolha revela que 75% da população fez uso dessa modalidade em 2022”, disse o parlamentar.

Ele também mencionou dados do Instituto Locomotiva, revelando que cerca de 115 milhões de brasileiros alcançaram seus sonhos de consumo por meio do PSJ. Além disso, 42% das pessoas afirmaram que reduziriam seus gastos pela metade caso não pudessem parcelar sem juros.

Virmondes comentou que a proposta de extinção do PSJ, defendida pela Febraban, é uma resposta equivocada à demanda do governo federal para a redução dos juros do cartão de crédito. Segundo ele, o Banco Central entrou no debate sugerindo a possibilidade de limitar o parcelamento sem juros a 12 meses.

O deputado ainda enfatizou que o debate não pode ficar restrito ao mercado financeiro e que é preciso avaliar seriamente o impacto social dessa decisão. Ele destacou que o Sebrae, ao lado de outras entidades, está engajado na defesa do PSJ, alertando que sua extinção pode ser um desastre para as micro e pequenas empresas, fundamentais para a geração e renovação de empregos no Brasil.

Em seu discurso, Virmondes concluiu que manter o PSJ é fundamental para um desenvolvimento econômico inclusivo e sustentável, garantindo o acesso ao consumo para milhões de famílias brasileiras. Ele ressaltou que, além disso, preservar essa modalidade é crucial para sustentar a vitalidade das micro e pequenas empresas, que representam a espinha dorsal da economia nacional. “Vamos levar nosso movimento a todas as autoridades do governo federal em Brasília”, encerrou.

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