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Venezuela Rejeita Novas Sanções de EUA, Reino Unido e União Europeia

Neste sábado (11), a Venezuela condenou com veemência as novas sanções impostas pelos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, em um contexto de tensões políticas e diplomáticas. As sanções foram anunciadas no dia anterior à posse de Nicolás Maduro para seu terceiro mandato como presidente, após uma controvérsia eleitoral que se arrastou por seis meses.

O general Domingo Hernández Larez, chefe do Comando Operacional Estratégico das Forças Armadas Nacionais da Venezuela, emitiu um comunicado onde criticou duramente as sanções, descrevendo-as como uma “ação desesperada, fora do Estado de Direito internacional”. Ele ainda atacou os países que impuseram as restrições, chamando-os de “infame irmandade imperial”.

As sanções dos EUA incluem o aumento da recompensa para US$ 25 milhões por informações que levem à prisão ou condenação de Nicolás Maduro por tráfico de drogas, aumento significativo em relação aos US$ 15 milhões anteriores. Além disso, foram emitidas recompensas também para outros altos membros do governo venezuelano, como Diosdado Cabello (ministro do Interior) e Vladimir Padrino (ministro da Defesa), além de sanções contra o chefe da PDVSA, Hector Obregon, e outros oito funcionários.

Essas ações ocorreram em paralelo com as sanções da União Europeia e do Reino Unido, que visaram 15 funcionários venezuelanos, incluindo membros do Conselho Nacional Eleitoral e forças de segurança. O Canadá também impôs medidas contra 14 autoridades venezuelanas.

Maduro, que está no poder desde 2013, e seus aliados têm se defendido das acusações de tráfico de drogas e corrupção desde 2020, quando os EUA o indiciaram. Ele nega as acusações, afirmando que as sanções internacionais são ilegítimas e visam prejudicar a soberania do país, além de ser parte de uma “guerra econômica” contra a Venezuela.

A eleição de julho, em que Maduro foi declarado vencedor pelas autoridades venezuelanas, foi amplamente contestada pela oposição, que alega que o verdadeiro vencedor foi o candidato Edmundo Gonzalez, apontando supostas irregularidades nas urnas.

A situação política da Venezuela continua tensa, com um cenário de crise econômica, social e um êxodo massivo de venezuelanos para outros países.

GED

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