Uma falsa médica foi presa em flagrante nesta segunda-feira (30/10) suspeita por usar registro profissional de outra pessoa para realizar procedimentos estéticos, em Goiânia.
Conforme a investigação, a mulher cobrava a partir de R$ 800 pelos serviços mesmo sem ter formação na área.
Falsa médica utilizou registro profissional de outra mulher
O crime foi descoberto após uma ginecologista procurar a delegacia para denunciar que o registro profissional estava sendo usado por outra mulher. A partir disso, os policiais foram até o local indicado pela vítima e encontraram a suspeita conversando com uma paciente.
Para a polícia, a mulher afirmou que utilizava indevidamente o registro profissional da médica e chegou a citar que possuía conhecimento na área, mas que só não tinha formação. A falsa médica ainda encaminhava uma foto do CRM da verdadeira médica para os pacientes.
“Ela diz que cursou medicina no Paraguai, mas não concluiu e diz que está estudando biomedicina. Mas não apresentou, até o momento, nenhuma comprovação disse”, informou o delegado William Bretz.
Investigação
O delegado informou que a mulher iniciou os atendimentos ainda em 2020, no Setor Bela Vista, em Goiânia, e após a divulgação da prisão, as vítimas procuraram a delegacia informando que tiveram complicações após os procedimentos e uma delas chegou a ser internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
“A clínica tinha boa aparência, mas uma perícia será feita para saber se há mais alguma irregularidade. Vale dizer que o maior risco é o fato de que ela não tem habilitação para realizar esses procedimentos” pontuou.
Nas redes sociais, a falsa médica tinha mais de 6 mil seguidores e afirmava ser referência em remodelação corporal, além de ofertar cursos de botox, rinomodelação, harmonização corporal e até tratamento de flacidez pós-parto.
Segundo a Polícia Civil, durante as buscas no local os investigadores encontraram o carimbo com o nome da médica que fez a denúncia, além de itens como jaleco com nome de outra pessoa, bloco de receituário, atestados médicos do SUS e fichas falsas de informações de pacientes.
Também foram apreendidos documentos com assinaturas dos pacientes, bioestimuladores e anabolizantes de origem não identificada.
Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) ressaltou que a atuação de falsos profissionais deve ser denunciada e orienta a população a verificar se o profissional está regularmente inscrito no conselho.
Até o momento a equipe de reportagem não conseguiu localizar a defesa da mulher. O espaço segue aberto.