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“Vale a pena confiar na nossa Polícia Militar”, diz Ronaldo Caiado ao entregar sete milhões em equipamentos de segurança

Ao empossar novo diretor-geral de administração penitenciária, governador afirmou que presídios não serão mais locais de disseminação da violência e expansão de facções

O governador Ronaldo Caiado participou na sexta-feira (15/2) da solenidade de posse do coronel Wellington Urzêda na Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), realizada no auditório da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP). Na ocasião, foram apresentados os novos equipamentos e materiais de segurança, adquiridos mediante convênio entre o Governo de Goiás e o Ministério da Justiça, via Departamento Penitenciário (Depen).

Cerca de R$ 7 milhões foram investidos na aquisição dos equipamentos, que serão distribuídos nas unidades prisionais das nove regionais da administração penitenciária, garantindo melhores condições de trabalho aos servidores. “Temos mostrado resultado de nossas ações e que vale a pena confiar na nossa Polícia Militar. A cada dia a sociedade está sentindo mais a presença e o resultado da polícia”, assegurou o governador.

Logo na chegada, ele vistoriou o material adquirido. Entre os equipamentos estavam armas de fogo, abafadores, coletes, máscaras de gás, kits de uniformes, munições, capacetes, materiais químicos, binóculos, colchões e materiais para a área de inteligência penitenciária.

Caiado afirmou que pretende investir tanto em material quanto em qualificação dos policiais militares, e citou a formatura, também realizada nesta sexta, de 57 policiais – os Cavaleiros de Aço – especializados para atender rapidamente aos chamados em Goiânia, na Região Metropolitana e no Entorno do Distrito Federal.

O governador afirmou ainda que a Polícia Militar e seus comandos especiais – o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil goiana – são hoje uma referência nacional, e que tem avançado na área de inteligência e no combate ao crime. “Goiás passa a ser, neste momento, uma referência nacional na qualidade da tropa, do ponto de vista operacional, técnico e também com aparelhagem. Espero que seja o primeiro Estado a mostrar resultado no sentido de não admitir que, aquilo que está sob a tutela do Estado, seja usado para a disseminação da violência e para a expansão das facções”, disse.

Para Caiado, a falta de vagas em presídios também é uma preocupação. O Estado possui hoje um déficit de mais de 10 mil vagas para o sistema penitenciário. Segundo ele, a apreensão com os entraves causados pela burocracia é um assunto já levado ao secretário de segurança pública Rodney Miranda, assim como ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Para ele, assim como a Saúde e a Educação recebem repasse de verba federal diretamente, o mesmo deveria acontecer com a Segurança.

A ampliação dos investimentos viabiliza a redução do domínio das facções dentro dos presídios. Atualmente, o Estado conta com 50 homens preparados para fazer este combate dentro das penitenciárias. Esses homens foram os responsáveis pelo combate bem sucedido à tentativa de rebelião no presídio de Jaraguá.

 

Diretor-Geral da DGAP 

O coronel Wellington Urzêda, empossado Diretor-Geral da DGAP pelo governador Ronaldo Caiado, se despediu das fileiras da corporação após 33 anos de serviço, sendo mais de 25 anos de atuação na rua, em atividade operacional.

Em seu discurso, Urzêda reforçou que o calcanhar de Aquiles da Segurança é o sistema prisional. Mas, segundo ele, o problema tem solução. Elogiou o Grupo de Operações Penitenciárias Especiais e reforçou que a tropa é a melhor do Sistema Prisional Brasileiro, um modelo para os demais Estados.

Urzêda reforçou que ainda existe o desafio de operacionalização desse sistema. Entretanto, o governo está trabalhando para que os presos que queiram ser reincluídos socialmente tenham essa oportunidade. O próprio governador solicitou que os presos trabalhem na confecção de 2 milhões 170 mil uniformes escolares para a rede de ensino estadual. “Todos os presos que quiserem vão ter a oportunidade de trabalhar no Estado. Aqueles que não quiserem, os faccionados, deverão cumprir suas penas sem contato com o mundo social, exceto aquilo que a lei prevê, que são as visitas, a assistência dos defensores ou inspeção do Ministério Público e Judiciário.”, concluiu.

Ele indicou que Mineiros e Jataí já possuem novas vagas no sistema prisional e que, no dia 25 de março, outras 260 serão entregues na Unidade Prisional Preventiva de Rio Verde, por meio de uma parceria entre o Ministério Público e o poder judiciário. O próximo passo será a abertura de vagas no entorno de Brasília, nas cidades de Planaltina, Novo Gama e Águas Lindas.

“Nós estamos com uns projetos de presídios novos, inclusive de presídios de segurança máxima. Nós sugerimos ir ao Depen com todos os secretários de segurança do Brasil, pedirmos ao governo federal que construa 27 unidades, nos 27 Estados – colocando o DF como Estado também -, nos moldes dos Federais para que nós administremos. É pedido nosso para o ministro Moro e eu queria que o senhor (governador) encampasse isso conosco também”, assinalou Urzêda.

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