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Uso excessivo de telas preocupa especialistas e afeta infância

O uso excessivo de telas por crianças e adolescentes está se tornando um dos principais motivos de preocupação em consultórios pediátricos e salas de aula. Médicos relatam aumento de casos de tédio constante, dificuldade de concentração, irritabilidade e até necessidade de internações pediátricas para desintoxicação digital.
Segundo a médica Gabriela Crestani Pedó, o consumo abusivo de conteúdos rápidos e estimulantes em celulares, tablets e videogames pode causar efeitos semelhantes aos de substâncias químicas como a nicotina, ao ativar exageradamente o sistema de recompensa do cérebro. Isso torna a vida real menos interessante e pode levar à desregulação emocional.
Na educação, o alerta vem do professor Paulo Gustavo Sehn, que observa queda na capacidade de foco, aumento da ansiedade e dependência por estímulos constantes entre os alunos. Especialistas defendem limites claros no uso das telas e mais presença e interação familiar.
“O problema não é a tecnologia, mas o excesso e a falta de equilíbrio”, diz o publicitário Gilberto Soares, que participa do projeto educacional “LEIA”, voltado a estimular a leitura e reduzir o tempo de exposição digital nas escolas.
Estudos apontam que brasileiros passam, em média, 56% do tempo acordados conectados. O desafio, segundo os especialistas, é resgatar vínculos reais e ensinar às crianças que há um mundo interessante além das telas.

GED

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