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Suspeito de aplicar golpes de quase R$ 40 mil e ostentar luxo nas redes é preso em Aparecida de Goiânia

Um homem de 36 anos, acusado de liderar um esquema de estelionato que movimentou quase R$ 40 mil em golpes pela internet, foi preso na tarde da última quarta-feira (18), na Vila Alzira, em Aparecida de Goiânia. Foragido desde outubro de 2024, ele levava uma vida de ostentação com viagens de avião, helicóptero, joias e refeições caras, tudo registrado nas redes sociais.

A prisão foi efetuada durante uma ação coordenada pela Companhia de Policiamento Especializado (CPE) da Polícia Militar. Além do suposto líder do esquema, um jovem de 20 anos também foi preso. Ele era responsável por realizar saques em dinheiro, repassando os valores ao mentor do golpe.

Golpes e ostentação em meio à ilegalidade

Mesmo com mandado de prisão em aberto, o homem não se escondia. Pelo contrário, mantinha uma rotina de luxo compartilhada abertamente nas redes sociais. Entre os registros que chamaram a atenção da polícia estão vídeos de voos panorâmicos de helicóptero, correntes de ouro e refeições em locais caros — uma tentativa de criar uma imagem de sucesso e prosperidade.

Segundo informações da Polícia Militar, o suspeito utilizava nove aparelhos celulares para aplicar os golpes. Todos foram apreendidos durante a operação.

O papel do jovem e os saques em lotérica

O comparsa de 20 anos foi abordado na saída de uma casa lotérica localizada na mesma região onde ambos foram presos. Com ele, os policiais encontraram R$ 6 mil em espécie, que seriam repassados ao líder do esquema. Ainda de acordo com a investigação, o jovem era pago para fazer saques presenciais: recebia R$ 100 por cada retirada.

Entre os dias 12 e 17 de junho, ele teria realizado 15 saques que, juntos, somam R$ 37.450. A quantia exata desviada pode ser ainda maior, conforme a análise do material apreendido e os dados bancários envolvidos.

Como funcionava o golpe

A polícia ainda não detalhou como o golpe era aplicado nas vítimas, mas as evidências indicam uso de engenharia social e movimentações bancárias via internet. A multiplicidade de celulares apreendidos pode indicar uso de contas falsas, perfis clonados ou aplicativos de transação financeira para simular negociações.

Agora, com os dois suspeitos presos, a CPE pretende rastrear o caminho do dinheiro, identificar possíveis cúmplices e confirmar a identidade de todas as vítimas. A investigação seguirá em sigilo até o avanço das diligências.

Justiça e investigação em andamento

Os dois presos foram levados para a Central de Flagrantes de Aparecida de Goiânia, onde permanecem à disposição da Justiça. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pela Polícia Militar, e suas defesas ainda não se manifestaram sobre o caso. O espaço segue aberto para as declarações das partes citadas.

A Polícia Militar destacou que a ação foi resultado de monitoramento constante nas redes sociais. Segundo os agentes, a ostentação exibida pelo suspeito acabou se tornando peça-chave para localizar o paradeiro do foragido, que já era investigado há meses.

Golpes digitais em crescimento

Casos como esse reforçam o alerta sobre a crescente incidência de golpes aplicados via internet, especialmente os que envolvem falsas promessas de ganhos financeiros rápidos ou produtos com preços muito abaixo do mercado.

A orientação da polícia é que, ao desconfiar de mensagens suspeitas ou contatos não solicitados, a vítima deve evitar qualquer movimentação financeira e procurar imediatamente uma delegacia. É possível também registrar ocorrências por meio de delegacias virtuais em vários estados do país.

Conscientização e combate ao crime digital

As autoridades reforçam a importância da denúncia. Muitas vezes, a não formalização da queixa pode dificultar o rastreamento dos responsáveis e a recuperação de valores. A população pode colaborar com as investigações de forma anônima, por meio do Disque Denúncia 181.

A PM informou que as investigações continuam, e novas prisões não estão descartadas. A expectativa é de que os celulares apreendidos revelem mais informações sobre a atuação da quadrilha e possíveis ramificações do grupo em outras regiões do estado.

GED

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