Síndrome de Burnout: estudo mostra que home office tem aumentado casos entre jovens
Burnout é um transtorno psíquico de caráter depressivo, com sintomas parecidos com os do estresse, da ansiedade e da síndrome do pânico
A pandemia tem afetado não somente a dinâmica das relações de trabalho, mas também a saúde mental dos profissionais que estão trabalhando à distância. Segundo pesquisa feita pela LHH do Grupo Adecco, empresa suíça de recursos humanos que atua em 60 países, 38% das pessoas ouvidas dizem ter sofrido da síndrome de Burnout, ao longo do ano passado.
O levantamento mostrou ainda que o trabalho à distância tem, muitas vezes, elevado a carga de trabalho das pessoas, o que pode e deve contribuir para um cenário futuro preocupante. Além disso, 63% dos respondentes disseram que estão trabalhando 40 horas ou mais por semana, e 43% afirmaram que, provavelmente, teriam que continuar realizando tarefas laborais mais de 40 horas por semana para completar toda a demanda exigida.
O Burnout é um transtorno psíquico de caráter depressivo, com sintomas parecidos com os do estresse, da ansiedade e da síndrome do pânico, mas, segundo especialistas, é desencadeada por esgotamento profissional. Ela causa problemas como insônia, dificuldade de concentração, irritabilidade e sintomas físicos como dores pelo corpo.
O estudo também mostrou que 32% dos entrevistados informaram que a saúde mental piorou significativamente por conta do trabalho à distância. Os pesquisadores entrevistaram 15 mil pessoas em meados de 2021, em diversos países do mundo.
Isso tem afetado especialmente as gerações mais jovens, principalmente as novas lideranças. Para 45% desses líderes, que fazem parte da geração da Geração Z (nascidos entre 2000 e 2009), o trabalho remoto e/ou híbrido desencadeou aumento da síndrome Burnout e o deterioramento da saúde mental.
A síndrome de Burnout, que foi incluída na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, em uma lista que entrará em vigor em 2022, se não tratada pode evoluir para doenças como hipertensão, problemas gastrointestinais, depressão profunda, problemas coronarianos e alcoolismo.