Saiba quem é a geração Z e como ela está pronta para trabalhar
Uma geração sóbria, dedicada e motivada pelo dinheiro
Quem é e como se comporta a Geração Z? Primeiro, os mais velhos dessa geração têm apenas 23 anos. Uma reportagem do Wall Street Journal (WSJ) mostra que a geração Z é menos propensa a experimentar bebidas alcoólicas e a fazer sexo do que as gerações anteriores com a mesma idade. Em teoria, isso se deve ao fato de que eles passam muito tempo em seus smartphones e acabam não saindo para interagir com outras pessoas e com o mundo afora. Eles também são menos propensos a ter uma carteira de motorista, o que demonstra cautela e uma certa dependência de terceiros.
O fato de se concentrarem mais no mundo virtual do que no real demonstra que eles não possuem muitas experiências face a face com as pessoas e, consequentemente, com os problemas.
A geração Z é composta por cerca de 67 milhões de pessoas e também almeja a segurança financeira e tem objetivos, de acordo com a reportagem. 82% dos calouros universitários priorizam o bem-estar. Apenas 36% de seus avós fizeram disto uma prioridade em 1970. Eles não estão, contudo, interessados em obter essa segurança financeira por meio da criação de sua própria empresa. Isso significa que eles podem estar mais focados em integrar em uma empresa e poder ascender na carreira lá dentro.
Os primeiros sinais sugerem que os trabalhadores da geração Z são mais competitivos e pragmáticos, mas também mais ansiosos e reservados do que os millenials, geração de 72 milhões de pessoas nascidas de 1981 a 1996.
Com uma geração de baby boomers se aposentando e o desemprego em altas históricas, a geração Z está preenchendo lacunas enormes da força de trabalho. Empregadores atormentados pela escassez de trabalhadores estão tentando se adaptar ao novo cenário.
O Linkedin, por exemplo, diminuiu as exigências em relação a diplomas de bacharelado para alcançar também os jovens que não pudessem pagar pela faculdade. As empresas estão se reinventando e atraindo jovens funcionários da geração Z por meio de processos seletivos que tenham mais a ver com o estilo do YouTube do que com os tradicionais treinamentos. “Eles absorvem uma nova informação muito mais rapidamente que seus antecessores”, disse ao WSJ, Ray Blanchettec, CEO da Ruby Tuesday, empresa que desenvolveu vídeos tutoriais para ensinar jovens trabalhadores a realizar certas tarefas.
Os mais velhos da geração Z também estão mais interessados em fazer do trabalho parte central de sua vida e estão mais dispostos a trabalhar horas extras do que muitos millenials, de acordo com a pesquisa anual sobre adolescentes da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. “Eles têm medo de não conseguirem um bom trabalho, como muitos dizem que precisam fazer”, disse a psicóloga da Universidade de San Diego, Jean Twenge, ao WSJ.