“Redução de velocidade salva vidas”, afirma gerente de fiscalização de trânsito de Goiânia

A gerente de Fiscalização de Trânsito da Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM), Mariuza Francisca Cardoso Ferreira, afirmou hoje (10/5), em entrevista à Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), que as altas velocidades nas ruas das cidades causam mortes ou deixam lesões gravíssimas em uma pessoa para toda vida.

Para Mariuza, Goiânia já conta com experiências de redução de velocidade em vias públicas, como a Zona 40 no Centro da capital, que mostram a importância da medida e que elas são capazes de tornar o trânsito cada vez mais seguro. Confira a entrevista:

– Qual é a importância da diminuição da velocidade em vias urbanas?

A redução de velocidade é o fator primordial para preservação de vidas e redução de lesões resultante de acidentes de trânsito, pois com a velocidade reduzida o condutor tem maior controle do seu veículo e visibilidade em sua volta, o que torna o trânsito em todos os aspectos mais seguro.

– A medida salva vidas, como?

Sim, salva vidas. Além de evitar acidentes, reduz a gravidade deles, caso ocorram.

– Goiânia tem o exemplo da Zona 40, de forma prática quais são os resultados já colhidos pela capital?

A Zona 40 aqui em Goiânia é um exemplo bem sucedido de redução de velocidade, pois zerou os acidentes fatais e reduziu em 90% os acidentes de trânsito sem vítimas neste perímetro da região central da capital.

– De que forma os pedestres e ciclistas ganham com isso?

A mobilidade urbana segura não é desassociada da velocidade adequada, principalmente quando isso é relacionado aos pedestres e ciclistas. Além de seus impactos sempre positivos, são eles que mais ganham com a redução de velocidade. Assim, pedestres e ciclistas podem compartilhar os espaços urbanos com mais segurança.

– Teria uma média de limite de velocidade ideal para reduzir na cidade? Se sim, quem mais ganha com isso?

A Organização das Nações Unidas (ONU), através da Organização Mundial Saúde (OMS), recomenda que o limite de velocidade nas vias urbanas não ultrapasse 50km/h, por considerar o relatório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), que resume assim: “um pedestre tem menos de 20% de probabilidade de morrer se atropelado por um automóvel que circula a menos de 50 quilômetros por hora, mas quase 60% de chance de morrer se atingido por um veículo a 80 quilômetros por hora”.

– Qual é a mensagem que você deixa para conscientizar as pessoas quanto à redução de velocidade em vias públicas?

Um trânsito mais seguro depende de todos nós, por isso,  refletir sobre o que podemos contribuir individual e coletivamente é o primeiro passo para que ele ocorra.

Fonte: Mauro Júnio, da Diretoria de Jornalismo / Fotos: Wellington Santos