Reciclar na pandemia
O reaproveitamento de resíduos continua sendo um dos grandes desafios da sociedade atual. Muito consumo, muitos produtos descartáveis que, lançados diretamente no lixo, aumenta o drama dos nossos aterros. Reciclar continua sendo a solução.
As pessoas que conseguem ficar mais tempo em casa podem se dedicar à tarefa de segregar os resíduos. Orgânicos, como restos de frutas e verduras, podem ser levados à compostagem. Técnicas simples podem ser acessadas pela internet e feitas em casa. Embalagens podem ser levadas à coleta seletiva também. Essa atitude simples contribui para a sobrevida do nosso aterro, que já está sobrecarregado.
Máscaras e luvas descartáveis são problema, depois de usadas, nesse momento de pandemia. Já foram feitos vários relatos do descarte em calçadas, o que gera um risco enorme de contaminação. Isso não pode acontecer. E só acontece pela falta de uma consciência ambiental.
O descarte correto gera o problema da destinação desse material também. A boa notícia está vindo da Índia, país mais populoso do que o nosso e que está com grande número de casos a Covid. Cientistas da Universidade de Estudos do Petróleo e Energia do país desenvolveram um processo para transformar todo esse material em biocombustível. A lógica é pegar algo com potencial enorme de contaminação e transformar em produto para mover veículos e máquinas.
O processo é relativamente simples. Como o plástico é o componente principal desses produtos descartados, eles são aquecidos a altas temperaturas, gerando a quebra do plástico e a possibilidade de transformação em combustível. É mais um exemplo que como o homem, com conhecimento e compromisso com o meio ambiente, pode transformar o destino de materiais aparentemente inservíveis.
Reciclar sempre. Depois da pandemia, essa visão será fundamental para criar um mundo mais sustentável. Devemos pensar nisso.
Gustavo Cruvinel é presidente da Comissão do Meio Ambiente da Câmara de Goiânia