Prefeituras da Região Metropolitana de Goiânia acumulam R$ 38 milhões em dívidas com subsídio do transporte coletivo
Da Redação
[email protected]
As prefeituras da região metropolitana de Goiânia estão enfrentando dificuldades financeiras que resultaram em mais de R$ 38 milhões em faturas abertas relativas ao subsídio do transporte coletivo. Esse valor diz respeito a pendências em municípios como Aparecida de Goiânia, Trindade, Goianira e a própria Goiânia, que devem somar compromissos com a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), responsável pela gestão do sistema de transporte.
Aparecida de Goiânia lidera esse montante, com um total de R$ 13,7 milhões em débitos. Se considerado o mês de outubro, o valor poderia alcançar R$ 18 milhões, mas o portal Mais Goiás não incluiu esse valor no cálculo final devido ao prazo de carência concedido para o pagamento, que permite o pagamento no mês subsequente.
A cidade de Goiânia, por sua vez, apresenta uma dívida de mais de R$ 10 milhões, enquanto os municípios de Trindade e Goianira estão com pendências de R$ 8 milhões e R$ 5 milhões, respectivamente. O levantamento foi feito a partir de informações fornecidas pela CMTC.
Em entrevista ao Mais Goiás, o secretário da Fazenda de Aparecida de Goiânia, Einstein Paniago, explicou que a gestão municipal não considera a situação como inadimplência, já que o prazo legal de 90 dias para auditoria das faturas ainda não foi completado. Segundo Paniago, a previsão é que as faturas de Aparecida comecem a ser quitadas após o dia 28 de novembro, quando a auditoria dos valores será concluída.
Paniago também destacou que, embora a cidade tenha conseguido regularizar dívidas acumuladas no início de 2023, o valor do subsídio praticamente dobrou ao longo do ano, tornando mais difícil a manutenção dos pagamentos. “Estamos ajustando o fluxo financeiro para equalizar a situação até o final do ano”, completou o secretário.
A situação é considerada grave, principalmente em Aparecida de Goiânia, onde os débitos acumulados se referem a quatro meses de atraso. O presidente da CMTC, Murilo Ulhôa, revelou que, embora a dívida de Goiânia tenha sido quitada em parte, Aparecida ainda não apresentou uma proposta concreta para resolver o impasse.
Por outro lado, os municípios de Trindade e Goianira, que começaram a contribuir com o subsídio apenas em 2023, estão ajustando os valores dos primeiros meses do programa. Ulhôa esclareceu que esses débitos iniciais não são considerados atrasos, uma vez que houve um acordo prévio para que os municípios tivessem um período de adaptação.
O prefeito de Goianira, Carlão da Fox (UB), confirmou que a situação será regularizada nos próximos dois meses, com os pagamentos sendo feitos a partir de janeiro de 2025. O prefeito de Trindade, Marden Jr, também garantiu que a cidade está tomando as providências necessárias para aprovar as leis que viabilizem o pagamento do subsídio.