Goiânia

Prefeitura investe pesado em obras de drenagem urbana

Desde o início da gestão foram investidos mais de R$ 20 milhões em obras de infraestrutura para melhorar permeabilidade do solo e conter os alagamentos

Promover o desenvolvimento sustentável de uma cidade é também praticar a melhoria da drenagem urbana. Pensando nisso, a Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), investiu, desde o início da gestão, mais de R$ 20 milhões na construção de obras de infraestrutura específicas para a retenção, acumulação e escoamento das águas pluviais, como galerias, bueiros, jardins de chuva e bacias de contenção a fim de solucionar os problemas de alagamentos em áreas onde o forte adensamento impede o livre escoamento das águas devido à impermeabilização do solo. Por outro lado, a Prefeitura investe em soluções para melhorar a permeabilidade, auxiliando a drenagem e diminuindo os transtornos do período chuvoso.

Uma das ações importante para a cidade foi a intervenção na Marginal Botafogo. Forte tempestade no dia 5 de abril do ano passado, que durou menos de 30 minutos mas teve alto volume de água, cerca de 70 mm, o córrego transbordou e danificou parte das pistas, além de ter aberto vários buracos no interior do canal. Para recuperar os estragos, foram restaurados 1.631 m de fundo do canal, em concreto e em gabião, e construídos 173 m de muro de arrimo em gabião. Com isso, os 17 pontos críticos detectados nos 14 km de extensão foram recuperados e nas últimas chuvas já não houve incidência de alagamentos na via.

Os serviços de manutenção na Marginal são recorrentes e, paralelo a eles, a Seinfra tem atuado na reurbanização dos 6,5 km do canal, mantendo sua estabilidade funcional.

Drenagem

A construção de uma ousada rede de drenagem visa solucionar os problemas com alagamentos e enchentes num dos pontos mais sensíveis da região Central de Goiânia, que abrange a Avenida Goiás e seu entorno, a região da Rua 44, Avenida Independência, Praça do Trabalhador, Praça do Bandeirante e Praça Cívica. Iniciadas em março deste ano, as obras já foram concluídas na Rua 4, no Setor Norte Ferroviário e na Avenida Oeste, no Setor Central, e estão avançando na Avenida Goiás, no sentido Sul-Norte.

Outra contribuição para solucionar os problemas de alagamentos na região Central são as obras de extensão da Avenida Leste-Oeste, onde está sendo construído um novo sistema de drenagem.

Duas outras grandes obras de drenagem estão em construção no Parque Oeste Industrial e no Jardim Nova Esperança.

Na região Norte, uma rede dupla de galerias de águas pluviais de 1,7 km foi construída entre o Jardim Pompéia e o Conjunto Itatiaia. Executada a partir de uma parceria entre a Prefeitura de Goiânia e o Condomínio Villagio Toscana, que doou cerca de R$ 700 mil em materiais, foram utilizados tubos de concreto de 1,5 m de diâmetros e construídos 23 poços de visitas na rede, ligando os dois bairros, atravessa a GO-080 e passa dentro do condomínio.

Vários bairros também foram beneficiados com a construção ou melhoria na rede de drenagem, como o Residencial Vale dos Sonhos, Jardim Atlântico, Setor Aeroporto, Residencial Parque Balneário, Campinas e Setor Marista, entre outros.

Bueiros

Os casos de alagamentos e inundações não acontecem apenas em função de uma rede de drenagem deficiente ou inexistente. Os bueiros também contribuem e a Prefeitura investiu na construção ou ampliação dessas obras de arte em pontos críticos da cidade.

Um desses pontos, considerado dos mais críticos, está no Córrego Vaca Brava, cujas paredes chegam a 9 m de altura ao longo do seu curso e vêm passando por um processo avançado de assoreamento e erosão das suas margens. Com a urgência para conter os taludes, e até em função do Corredor T-7, foi construída, na altura da Rua C-12, no Jardim América, uma grande obra de drenagem, com galerias de águas pluviais e sistema de dissipação para diminuir a velocidade do escoamento das águas nas saídas da galeria, em situações de chuvas intensas.

Na primeira fase, foram construídos o gabião caixa, para contenção e controle de erosão, e o poço de visita (PV), e instalados tubos de concreto para escoamento das águas. Na segunda fase, estão em execução cerca de 20 metros de muro de contenção em gabião, nas laterais do córrego. Na chuva do dia 25 de setembro o sistema correspondeu a contento à força e ao volume de água que passou pelo canal.

Outro exemplo é o bueiro tubular construído no Córrego Taquaral, na travessia da Avenida Gabriel Henrique de Araújo, no Setor Goiânia Viva, região Oeste da capital, que teve ampliada a sua capacidade de vazão com a instalação de dois conjuntos triplos de tubos de 1,5 m de diâmetro e a construção de uma barreira de contenção para diminuir o volume de água absorvido pela tubulação.

A Rua FV-01, que liga o Residencial Forteville ao Residencial Alphaville, Região Sudoeste, também era ponto de inundação, com a cheia do Córrego Capão Comprido. A solução definitiva foi a construção de um bueiro duplo com tubos de 1,5 m de diâmetro e capacidade de vazão ampliada em três vezes, além de uma bacia de contenção para diminuir a turbulência das águas.

No Setor de Chácaras Ipanema, Região Leste, que sofreu no ano passado com os estragos causados pela chuva, a Prefeitura reconstruiu o bueiro da estrada Gyn 14. Para a reparação da área erodida foram utilizados oito tubos de concreto, três toneladas de cimento, dois mil blocos de concreto e mais de 600 m³ de aterro.

Entre a Avenida Manchester, na Vila Morais, e a BR 153, está sendo construído um bueiro no Córrego Palmito, na extensão da Avenida Leste-Oeste, para absorver as precipitações pluviométricas e evitar alagamentos ao longo de todo o trajeto da via.

Jardins de Chuva

O investimento em obras e serviços estruturantes, visando melhorar a drenagem urbana, conta também com a implantação de jardins de chuva em diversos bairros da cidade. São alternativas sustentáveis que, com a retenção e acumulação de água, permitem a volta da permeabilidade do solo em áreas de grande adensamento, onde a absorção se tornou impossível, e a melhora da qualidade do ar, com a umidade em níveis aceitáveis e ainda colabora com o paisagismo da cidade, uma vez que eles podem ser construídos em rotatórias, nas calçadas e lotes comerciais, residenciais ou públicos.

Já foram construídos 16 jardins de chuva em várias regiões de Goiânia, sendo que nove deles no Setor Universitário, nas proximidades do Córrego Botafogo, e a intenção, segundo o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Dolzonan da Cunha Mattos, é chegar a 350. “Nosso propósito é construir cerca de 350 jardins de chuva em toda a cidade, melhorando a permeabilidade do solo e ajudando no combate a alagamentos”, afirma.

Bocas de lobo

Bocas de lobo limpas também fazem parte do projeto de combate aos transtornos provocados pela chuva e para mantê-los em plena capacidade de operação, a Seinfra faz serviços diários de recuperação, limpeza das 300 mil bocas de lobo existentes na cidade e isso inclui a desobstrução das galerias de águas pluviais ligadas aos dispositivos. Mensalmente são limpas cerca de 3.200 bocas de lobo em toda Goiânia, de onde são retirados lixos como garrafas pet, folhas, terra e papelão de dentro dos dispositivos.

Complementando todo o investimento para manter a cidade segura no período de chuva, a Prefeitura trabalha rotineiramente na limpeza dos bueiros e sob as pontes existentes nos 85 cursos d’água da capital e durante todo este mês a Seinfra estará com uma equipe exclusiva para desobstruir os pontos indicados pela Defesa Civil, eliminando os perigos com a chegada das chuvas.

Para o secretário Dolzonan Mattos, o investimento pesado da Prefeitura em obras de infraestrutura irá eliminar os pontos de alagamento espalhados pela cidade. “No último ano, investimos alto na construção e ampliação de galerias pluviais e bueiros celulares, em diversos bairros de Goiânia, onde existiam pontos críticos de alagamento e às vezes até de enchentes, além disso, fazemos diariamente o trabalho preventivo, que é a limpeza das redes e dispositivos de captação de água para deixar a cidade mais segura para todos durante os meses de chuvas”, afirma.

Nara Serra e Guilhermino Vieira, da editoria de Infraestrutura

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