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A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) afastou 33 funcionários e iniciou uma investigação sobre possíveis irregularidades em acordos extrajudiciais que resultaram em pagamentos milionários. O anúncio foi feito pelo prefeito Sandro Mabel (UB) na quarta-feira (5), por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais.
Segundo a Prefeitura, uma análise preliminar apontou que diversos acordos foram firmados e pagos em prazos curtos e valores considerados fora da realidade. A investigação busca verificar se houve desrespeito à ordem cronológica de pagamento de precatórios, conforme estabelece a Constituição Federal.
Entre os afastados está uma funcionária da assessoria jurídica, citada em denúncias sob apuração. Além dela, outros 31 empregados receberam diferenças salariais provenientes dos acordos agora sob análise. O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e o Ministério Público estadual também acompanham o caso. O TCM determinou o recálculo dos quinquênios concedidos aos funcionários, enquanto o MP recomendou a anulação de cláusulas dos acordos.
Os pagamentos investigados envolvem valores diversos, que vão de R$ 100 a R$ 2 milhões. Na semana passada, o chefe da assessoria jurídica da Comurg foi afastado preventivamente, pois teria respaldado os acordos questionados.
Além dessa apuração, a nova gestão conduz um levantamento para identificar possíveis pagamentos de supersalários a gerentes e ex-gerentes. O prefeito também anunciou um aporte de R$ 100 milhões para despesas consideradas emergenciais, como rescisões trabalhistas e dívidas de precatórios.
A Prefeitura publicou ainda um decreto criando uma comissão para apurar medições não processadas em um contrato de R$ 56 milhões mensais firmado em outubro de 2023. O grupo terá 60 dias para esclarecer e verificar a execução do contrato, podendo ter o prazo prorrogado.