Prefeitura cria comitê para discutir ações de combate à Covid-19
Até a segunda-feira (22/2), o grupo trará dados sólidos sobre cada área para a elaboração de um decreto com novas diretrizes contra a pandemia na capital
Prefeitura de Goiânia criou um comitê para discutir as ações de combate à Covid-19 na tarde desta sexta-feira (19/2). Durante a reunião do prefeito Rogério Cruz com o secretariado, ficou definido que, até a próxima segunda-feira (22/2), o grupo trará dados sólidos sobre cada área para a elaboração de um decreto contendo novas diretrizes contra a pandemia na capital. A reunião do prefeito Rogério Cruz com o secretariado ocorreu após encontro com o setor produtivo goiano ocorrido na manhã desta sexta (19/2), quando foi definida a redação de um documento que também deve ser analisado pelo comitê.
O secretário Durval Pedroso (Saúde) apresentou aos demais auxiliares da prefeitura um panorama completo das medidas de combate à pandemia da Covid-19 na capital e explanou sobre a gestão dos leitos de UTI, a fiscalização e o acompanhamento dos casos por região.
O Secretário de Saúde de Goiânia vai pedir a planilha de dados para analisar quais elementos foram utilizados para classificar a capital entre as cidades consideradas em estado crítico no zoneamento feito pelo governo estadual, de acordo com a nota técnica publicada no último dia 16.
Ações de combate à pandemia
Dado importante, segundo Durval Pedroso, é a distribuição dos casos confirmados de Covid-19 conforme a região. Os boletins informativos divulgados pela SMS apontam a disseminação entre os bairros e distritos sanitários. Isso permite que a capital proponha estratégias mais eficazes de combate à doença, entre elas, o zoneamento das áreas mais afetadas, como foi feito para o estado. Assim, é possível determinar, por exemplo, restrições pontuais nos bairros com maiores índices de contaminação. “Goiânia, pela dimensão populacional e territorial, necessita de avaliação específica para garantir a eficácia das medidas restritivas”, esclareceu.
Reconhecendo a gravidade do momento, Goiânia já tem adotado restrições mais duras que a maioria dos municípios, mesmo comparando com as recomendações descritas nas notas técnicas estaduais. Entre elas, o fechamento de bares e restaurantes a partir das 23 horas. O funcionamento de academias e quadras esportivas com 30% da capacidade sempre foi estabelecido, enquanto a determinação era de que o limite fosse de 50%.
Adota ainda posicionamento firme na fiscalização sendo que, as equipes da Vigilância Sanitária realizaram, desde 27 de janeiro, quando foi publicado o último decreto que limitou horário de funcionamento de bares e restaurante, visitas a 396 estabelecimentos, dentre os quais 76 foram autuados e fechados. “As fiscalizações ocorreram em diferentes regiões, focando na dissipação de aglomerações, demais protocolos de prevenção e observância do horário de funcionamento de locais com vendas de bebidas alcoólicas”, explicou Durval Pedroso. Segundo ele, as principais ocorrências foram excesso de pessoas, não uso de máscaras, funcionamento irregular ou fora do horário.
O município também abriu, neste ano, 52 novos leitos de UTI para atender pacientes de Covid-19. “Abrimos a média de 2,6 leitos de UTI por dia”, disse o secretário. Segundo ele, a gestão eficiente resulta na estabilidade de ocupação das UTIs, atualmente em 67% e, o suporte no atendimento a outros municípios. “Considerando as internações autorizadas desde 1º de janeiro, tivemos 117 destinadas a outras cidades, incluindo 35 leitos para atender aos pacientes de Manaus”, destacou. Isso corresponde a 40% das internações registradas para o período. Fonte: Luciana Gomides, da editoria de Saúde