Aparecida de Goiânia

Prefeito de Aparecida de Goiânia Veta Aumento Salarial para Vereadores em Meio a Rejeição Popular

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano, decidiu vetar o projeto aprovado pela Câmara Municipal que previa um aumento de aproximadamente 47,6% nos salários dos vereadores. A proposta, que elevaria os vencimentos de R$ 18.721 para R$ 27.647, gerou controvérsia e ampla rejeição popular, o que influenciou a decisão do prefeito.

O projeto foi aprovado pela Câmara Municipal, mas para entrar em vigor em 2025, dependia da sanção do prefeito. Com o veto, Vilmar Mariano evitou um potencial desgaste político com a população, especialmente em um momento de crescente insatisfação popular com a proposta. A medida era considerada polêmica, visto que o aumento salarial dos vereadores ocorre em um contexto de dificuldades econômicas e aumento das cobranças por transparência e responsabilidade fiscal.

Apesar da justificativa de que o impacto no orçamento da Câmara seria “nulo” devido ao fato de o aumento estar dentro do duodécimo repassado, a percepção pública da medida era de insatisfação. O aumento nos salários dos vereadores foi visto por muitos como um privilégio em tempos de contenção de gastos públicos e austeridade.

O veto de Vilmar Mariano é, também, uma estratégia política. O prefeito, que tem ambições políticas futuras, como uma possível candidatura a deputado estadual em 2026, certamente ponderou os efeitos dessa decisão na sua imagem junto à população. Ao barrar o aumento salarial dos vereadores, Vilmar se posiciona como alguém atento às demandas populares e sensível aos desafios econômicos que a população enfrenta, o que pode fortalecer sua base eleitoral.

Essa ação reflete uma tentativa de antecipar-se aos possíveis impactos negativos que poderiam surgir com o aumento, especialmente em um cenário de crescente cobrança por responsabilidade fiscal e ética na gestão pública. Com a proximidade das eleições estaduais, a escolha de Vilmar Mariano é vista como uma jogada estratégica que visa evitar desgaste e conquistar o apoio da população.

O veto ainda precisa ser formalizado, mas a decisão já demonstra a preocupação do prefeito em manter sua popularidade e minimizar as críticas que surgiriam com o reajuste dos salários dos vereadores.

GED

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