A água é um dos recursos imprescindíveis para a sobrevivência da vida e tem dado sinais de que não subsistirá por muito tempo. A falta de água não se deve apenas à diminuição das chuvas, mas também ao uso do solo, aos desmatamentos, ao uso irracional do recurso hídrico e a falta de políticas públicas para a água.
É claro que a escassez de água influencia diretamente no setor produtivo e pode provocar também uma crise energética, ocasionando racionamento de energia e apagões. A busca por práticas sustentáveis, portanto, se faz necessária em todos os setores da economia, buscando rentabilidade e garantindo a segurança hídrica para cidades.
Os avanços para o setor econômico dependem da criação e implantação de projetos de sustentabilidade e aplicação de investimentos públicos e privados para o setor de recursos hídricos. Para que seja implantado um projeto com essa qualidade é necessário considerar estudos técnicos e o envolvimento do poder público, população e as empresas que exercem atividades econômicas, com política ambiental, social e de governança cooperativa (ESG).
É preciso entender que o setor econômico também depende de água, e água com qualidade. Acredito que esse período de estiagem nos convocará para buscar governabilidade, com a união de diversos agentes em prol do interesse coletivo.
Roberto Hidasi é advogado ambiental