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Polícia Civil realiza operação contra fraude e licitações de empresas em prefeituras de Goiás

Investigação apura esquema criminoso para consecução de fraudes a licitações, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, falsidade ideológica, organização criminosa e corrupção ativa

A Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO) deflagrou, nesta quinta-feira, 28, a Operação Verat, que teve como objetivo de cumprir 18 mandados de busca e apreensão e 18 mandados de quebras de sigilos fiscais e bancários contra pessoas físicas e jurídicas que atuam em licitações públicas realizada por diversos municípios e órgãos públicos. A investigação apura um estratagema criminoso para consecução de fraudes a licitações, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, falsidade ideológica, organização criminosa e corrupção ativa. Os mandados foram cumpridos em Goiânia e Aparecida de Goiânia.

Segundo informações da Polícia Civil, as licitações fraudadas ultrapassam o número de 2.500 procedimentos realizados por inúmeras prefeituras. De acordo com o delegado Caio Menezes, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), até o momento, não há indícios do envolvimento de prefeituras ou funcionários públicos no esquema. Desta forma, acredita-se que quantidade de prefeituras ultrapassam um total de 40, sendo possível o número ser estendido, disse o delegado. O prejuízo, até então, ultrapassa um total de R$ 15 milhões.

Investigação

Durante coletiva realizada na manhã desta quinta-feira, o delegado Caio Menezes contou que as investigações foram iniciadas após uma partilha de informações entre o Ministério Público (MP) e a Polícia Civil. “A partir desse compartilhamento, fomos avançando nas investigações. Com isso, identificamos um número de 10 pessoas físicas e oito empresas envolvidas no caso. Essas empresas sempre rodaram em diversos procedimentos, mais de 2.500 licitações entre os anos de 2019 a 2021. E elas competiam nesses procedimentos entre si, fraudando o processo da licitação”, explicou o delegado.

Com isso, as investigações chegaram a informações mais completas e financeiras dessas empresas. Nesta quinta-feira, foi deferido também a quebra de sigilo fiscal e bancária de todos esses altos e, desta forma, as investigações poderão ser avançadas, a fim de elucidar a existência de mais envolvidos e real extensão dos danos aos cofres públicos, de acordo com Polícia Civil. Durante a apreensão, foram confiscados aparelhos eletrônicos e documentos relacionados ao crime. Além de R$ 14.800,00 em espécie.

GED

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