Plano Diretor de Goiânia tem falhas, afirma vereadora Kátia Maria em audiência pública
Debate aconteceu com participações de especialistas, vereadores, deputado estadual e representante da prefeitura
A vereadora Kátia Maria (PT) afirmou que o Plano Diretor de Goiânia, aprovado em outubro de 2022, apresenta muitas falhas estruturais, dentre as quais ambientais e de moradia popular. A declaração da petista aconteceu durante audiência pública realizada nesta última quinta-feira, 2, na Câmara Municipal.
“Precisamos rever, com muita urgência, os pontos frágeis deste Plano Diretor”, alertou a parlamentar. “Temos de repensar a questão das áreas de preservação permanente, da drenagem urbana, das obras de infraestrutura e outros pontos para que, assim como foi feito no IPTU, que aprovaram, reconheceram o erro e corrigiram, seja feito o mesmo com esse Plano Diretor”, emendou.
Para ela, os alagamentos e as tragédias, como mortes, e estragos provocados por quedas de árvores são exemplos dos problemas que podem ser agravados com o atual Plano Diretor.
Vivemos um momento em que as mudanças climáticas são cada vez mais severas e o nosso Plano Diretor, ao invés de contribuir para amenizar, colabora para agravar essa situação, adensando áreas e prejudicando áreas de preservação”, apontou a vereadora.
Representantes das entidades de arquitetura e engenharia corroboraram com a tese de Kátia Maria.
“Esse Plano Diretor, como foi aprovado, é bastante preocupante, mas ainda é possível fazer correções e temos de buscar esses ajustes dentro do prazo legal para evitar maiores estragos em nossa cidade”, acredita a professora Celene Barreira, da Universidade Federal de Goiás (UFG) e coordenadora do Plano de Desenvolvimento Integrado da região Metropolitana.
Participações
O debate contou com a participação também da assessora de relações institucionais do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU-GO), Maria Ester de Souza; do engenheiro Antônio de Padua, assessor institucional do Conselho de Engenharia (Crea-GO); do vereador Paulo Magalhães (UB), do deputado estadual Mauro Rubem (PT) e do procurador-geral do Município Marcos Aurélio Egídio, que representou a Prefeitura de Goiânia.