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Peixes mortos emcórrego de Palminópolis levantam suspeita de despejo irregular

Da Redação
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Uma alteração brusca nos níveis de oxigênio da água em um curso hídrico na região do Saltador, em Palminópolis, acendeu o alerta de técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), que passaram a investigar a morte de peixes registrada no local.
A equipe técnica esteve no córrego na última quinta-feira, dia 24, com o objetivo de coletar amostras de água e identificar indícios de contaminação. Durante a visita, foi utilizado um equipamento chamado sonda multiparamétrica, que mede parâmetros como temperatura, pH e oxigênio dissolvido — e os primeiros resultados foram preocupantes.
As medições indicaram uma queda acentuada na quantidade de oxigênio dissolvido entre dois pontos analisados: um acima e outro abaixo do local suspeito de receber o lançamento irregular de um líquido semelhante a soro. No ponto à montante (antes do despejo), o nível estava em 6,3 mg/L, dentro do padrão aceitável para a manutenção da vida aquática. Já no ponto à jusante (após o despejo), o índice caiu para apenas 1,7 mg/L — abaixo do mínimo de 5 mg/L estabelecido pela resolução 357/2005 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).
Segundo a Semad, esse déficit de oxigênio pode ter provocado a morte dos peixes observada no local. Técnicos colheram amostras da água e as encaminharam para o laboratório da própria secretaria, que agora trabalha na elaboração de pareceres mais detalhados.
Os primeiros laudos foram encaminhados para a prefeitura de Palminópolis, que será responsável por aplicar as penalidades e sanções cabíveis, caso o despejo irregular seja confirmado. A Semad também deve seguir acompanhando a recuperação da qualidade da água nos próximos dias.
A população da região pode ajudar no processo, informando qualquer indício de nova alteração no córrego ou atividade suspeita nas proximidades do curso d’água.

GED

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