Pastor acusado de golpes milionários é condenado a 27 anos de prisão
Além da prisão, Osório deve pagar indenizações que já somam mais de R$ 2,6 milhões, além de juros e correção monetária desde maio de 2018.
O pastor goiano Osório José Lopes Júnior, acusado de aplicar golpes milionários em fiéis, foi condenado a 27 anos de prisão. A decisão, que cabe recurso, foi emitida pela juíza Placidina Pires na última quinta-feira (7). Além da prisão, Osório deve pagar indenizações que já somam mais de R$ 2,6 milhões, além de juros e correção monetária desde maio de 2018.
No documento da decisão que condenou Osório, a juíza concluiu que ele agiu com “intenção de causar prejuízo às vítimas”, uma vez que, por meio de fraude, induziu e manteve as vítimas em erro com a “inequívoca finalidade de obter vantagem econômica ilícita”. Apesar de ser condenado ao regime fechado, a magistrada concedeu a permissão para que ele aguarde o processo em liberdade.
Golpes de investimento
Os crimes pelos quais o pastor Osório José responde judicialmente ocorreram em Goiás até 2018. Nos golpes, as vítimas eram induzidas a investir montantes em dinheiro com a promessa de recebimento futuro de quantias milionárias. Com a mudança dele para São Paulo, a polícia afirma que Osório teria aplicado golpes em diversos estados do país.
Na época da prisão, em setembro, a Polícia Civil disse que foi detectada: “a promessa de que as pessoas poderiam receber de volta nas ‘operações’ o valor de um octilhão de reais, ou mesmo ‘investir’ R$ 2 mil para ganhar 350 bilhões de centilhões de euros”, disse em nota. Em sua maioria, as vítimas são fiéis de igrejas evangélicas, além de parentes e amigos próximos ao pastor.
Prisão
Em setembro deste ano o pastor foi preso em Sucupira, sul do Tocantins. Ele estava escondido em um rancho e acompanhado de segurança particular. A propriedade era da família do religioso, segundo a Polícia Civil do Tocantins. O pastor não resistiu à prisão, que foi executada por agentes da 8ª Divisão de Combate ao Crime Organizado.
Após a prisão e de ser ouvido pelo delegado da 12ª Central de Atendimento da Polícia Civil, em Gurupi, o pastor foi levado para uma cela da cadeia local, onde ficou à disposição da Justiça do Distrito Federal.