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Operação conjunta apreende quase 30 toneladas de sabão em pó com indícios de falsificação em Goiás

Ação vistoriou supermercados em quatro municípios e recolheu mais de 19 mil unidades; produtos passam por perícia da Polícia Técnico-Científica

Com denúncias da indústria fabricante e indícios de adulteração em larga escala, uma operação conjunta das Secretarias de Segurança Pública, Economia e Indústria, Comércio e Serviços resultou na apreensão de quase 30 toneladas de sabão em pó em Goiás. A força-tarefa percorreu estabelecimentos de Aparecida de Goiânia, Goianira, Itaberaí e Bela Vista de Goiás entre os dias 11 e 14 de novembro, recolhendo 19.348 unidades das prateleiras de supermercados.

A fiscalização contou com a atuação do Procon Goiás, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (DECON) e da Superintendência de Polícia Técnico-Científica. Amostras do material foram coletadas e encaminhadas para perícia, enquanto os supermercados notificados terão 20 dias para apresentar documentos que comprovem a autenticidade dos produtos, como notas fiscais, identificação dos fornecedores e contratos de fornecimento.

Segundo o subsecretário de Segurança Pública, Gustavo Carlos Ferreira, a ação partiu de denúncias encaminhadas pela empresa fabricante. “Verificamos in loco o que estava acontecendo e acionamos nossas equipes. Agora, cada órgão segue atuando dentro de sua responsabilidade”, afirmou.

O superintendente do Procon Goiás, Marco Palmerston, ressaltou que o consumidor é o principal prejudicado em casos de falsificação. Para ele, produtos adulterados apresentam desempenho inferior e podem causar riscos à saúde. “A população muitas vezes não sabe que adquiriu um produto que não é original. Além de perder dinheiro, pode ter contato com substâncias que provocam alergias com muito mais facilidade”, explicou.

O delegado adjunto da DECON, Khlisney Kesser, informou que a Polícia Civil vai rastrear o caminho do produto até os estabelecimentos fiscalizados. “Vamos verificar a veracidade das notas fiscais e identificar a origem do material. Esperamos que esses produtos não estejam sendo fabricados em Goiás, mas vamos chegar até o local de produção”, ressaltou. Os envolvidos podem responder por falsificação, exposição de itens impróprios, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

A orientação das autoridades é que o consumidor fique atento a sinais de possível falsificação, como caixas mal vedadas, impressão de baixa qualidade, lacres irregulares e ausência de informações legíveis sobre lote e fabricação. Produtos originais costumam apresentar granulação uniforme, ativadores coloridos e identificação a laser.

Suspeitas podem ser denunciadas ao Procon Goiás pelos telefones 151 (Goiânia) e (62) 3201-7124 (interior), ou pelo Portal Expresso.

GED

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