Com um aumento de metas de cirurgias e atendimentos e economia de cerca de R$ 3 milhões, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) renovou o contrato de gestão com o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), Organização Social responsável pela gestão do Hospital Estadual Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi (HGG). Na manhã de quarta-feira, 20, o secretário Ismael Alexandrino, diretores e servidores da OS participaram, no auditório do Hospital, da apresentação dos detalhes do novo acordo, que tem vigência anual.
“A saúde pública do Estado depende muito do HGG, pelo seu perfil de atendimento eletivo e por atender a alta complexidade, e o Idtech está alinhado com a atual gestão, em especial pelo atendimento humanizado, respeitando o paciente na sua integralidade”, afirmou Alexandrino.
Esse décimo termo aditivo indica incremento no número cirurgias em 62% e de consultas ambulatoriais em 57%, com redução do valor mensal global em 18%. “Com essa economia, que gira na ordem de R$ 3 milhões, poderemos implementar novos serviços à população, como, por exemplo, a inauguração das policlínicas no interior do Estado”, previu o secretário, ao dizer que não existe milagre em gestão, mas que é preciso fazer “mais por menos” para ofertar mais serviços.
Eficiência operacional e financeira
Alexandrino ainda lembrou que um dos pilares da atual gestão é a eficiência operacional e financeira das unidades hospitalares de saúde. “Todos os contratos estão sendo revistos baseando-se em critérios técnicos e não no achismo, e a expectativa é otimizar a produção hospitalar com a qualificação do atendimento e gerar economia ao Estado”, ressaltou o secretário.
Ao responder à imprensa sobre como foi possível aumentar a produção com menos recursos, o gestor da Saúde estadual deixou claro que é preciso utilizar as ferramentas de gestão com inteligência, buscando potencializar os indicadores hospitalares, como a redução do tempo de internação e a melhoria da taxa de ocupação.
Sobre a renovação dos contratos de gestão com as demais OSs, ele explicou que as próximas são as do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), de Trindade (Hutrin) e ainda o novo chamamento público para o Huana, já que a OS que administra a unidade declinou da renovação. Alexandrino ressaltou que no Hutrin haverá atendimentos a partos normais de baixa complexidade, e cirurgias de vesícula e hérnia.
O contrato com o Idtech prevê ainda a criação do Serviço de Transplantes Cardíacos no HGG. A unidade é referência em transplantes no Centro-Oeste e recentemente criou também o Serviço de Transplantes Hepáticos. Segundo o diretor-técnico da unidade, Durval Ferreira Pedrosa, o HGG é um dos dez hospitais que mais realizam transplantes de rins no País, e a expectativa é que o primeiro transplante de coração seja realizado nos próximos meses.
Mutirão de cirurgias plásticas
No mesmo horário do evento com o secretário era realizado o mutirão de cirurgias plásticas, em parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica nacional (SBCP) e regional Goiás (SBCP-GO). O mutirão está inserido nas ações do hospital para aumentar a produtividade e reduzir o tempo de espera de procedimentos cirúrgicos. A atividade contempla as parcerias que o HGG mantém com associações e sociedades médicas, em campanhas de apelo nacional ou em nível estadual para a promoção da saúde da comunidade e o oferecimento de serviços de qualidade aos usuários do SUS.
Segundo Ana Maria Rodrigues, um das pacientes beneficiadas com uma cirurgia, o HGG é um exemplo do SUS de atendimento de excelência. “Fiz três cirurgias plásticas em menos de dois anos, sendo bem atendida em todos os procedimentos. Para mim o HGG é o SUS que dá certo, uma referência para os goianos”, destacou. A dona de casa já foi submetida a cirurgias de pálpebras, mama e torsoplastia (correção das dobras de pele em região dorsal).
Entre os procedimentos realizados no mutirão estão a retirada de tumores de pele, blefaroplastias (retirada do excesso de pele das pálpebras), otoplastias (correção da orelha de abano), reparadoras da face, de redução de seios e abdominoplastia em pacientes pós-cirurgia bariátrica.
Foto: Sabba Nogueira