Polícia

Menino de 11 anos é espancado por grupo em Caldas Novas e segue em estado grave no Hugo

Ataque ocorreu quando os agressores procuravam o irmão mais velho da vítima; sete suspeitos foram detidos e um homem confessou ter planejado o crime.

Por Ana Lucia
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Um menino de 11 anos segue internado em estado grave no Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), em Goiânia, após ter sido espancado por um grupo de adolescentes na noite de segunda-feira (27/10), no setor Jardim Brasil, em Caldas Novas. O caso chocou a cidade e mobilizou as forças de segurança.

De acordo com a Polícia Civil, o ataque aconteceu quando mais de dez jovens foram até a casa da família em busca do irmão mais velho da vítima, de 15 anos, com quem um dos envolvidos teria uma antiga desavença. O adolescente conseguiu fugir pelos fundos da residência, e o menino, sem entender a situação, atendeu o portão e foi confundido com o irmão, sendo agredido com extrema violência.

Câmeras de segurança registraram o momento em que os suspeitos cercam a criança e desferem socos, chutes e pauladas, inclusive na cabeça. A vítima sofreu múltiplas fraturas e traumatismo craniano, chegando a perder parte da massa encefálica. Ela foi levada inicialmente para uma UPA da cidade e, devido à gravidade, transferida para o Hugo, onde passou por cirurgia e permanece sob cuidados intensivos.

A polícia informou que todos os envolvidos foram identificados. Até o momento, sete suspeitos foram detidos — um adulto e seis adolescentes, com idades entre 14 e 17 anos. O grupo foi localizado no Setor Portal das Águas Quentes por equipes da Força Tática do Batalhão de Atendimento ao Turista (Batat).

O homem preso, identificado apenas como Luiz, confessou ter reunido os amigos para “acertar contas” com o irmão da vítima, alegando que havia sido ameaçado anteriormente. Em depoimento, não demonstrou arrependimento e afirmou que sua intenção era matar o rival. Ele foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio, corrupção de menores e associação criminosa. Já os adolescentes apreendidos devem responder por ato infracional análogo à tentativa de homicídio.

A investigação segue em andamento para apurar o envolvimento de outros participantes e esclarecer a motivação completa do ataque. As autoridades reforçaram que o caso está sendo tratado com prioridade devido à brutalidade e repercussão social.

GED

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