Médico é condenado por causar graves danos em pacientes durante procedimentos estéticos
Wesley Murakami utilizou produtos não autorizados e ignorou consequências dos procedimentos estéticos
O médico estético Wesley Murakami foi condenado a uma pena de 9 anos, 10 meses e 10 dias de prisão após ser considerado culpado por causar lesões corporais a nove pacientes, incluindo oito mulheres e um homem. O juiz Luciano Borges Da Silva, responsável pela sentença, enfatizou a ciência plena de Murakami em relação aos impactos negativos resultantes de seus procedimentos.
As vítimas, submetidas a intervenções estéticas entre os anos de 2013 e 2018, não apenas enfrentaram desafios físicos dolorosos, mas também sofreram profundamente em seus estados psicológicos.
De acordo com a sentença, Murakami realizou os procedimentos estéticos sem a devida autorização do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (CRM-GO), ultrapassando os limites éticos e legais do exercício da medicina. O médico utilizou produtos não autorizados, como polimetilmetacrilato (PMM) e toxina botulínica, colocando em risco a saúde e o bem-estar de suas vítimas. Mesmo ciente dos resultados negativos, Murakami persistiu nas práticas, ignorando as consequências e assumindo os riscos conhecidos.
Em 2018, Murakami foi detido em Goiás, sendo posteriormente transferido para uma prisão em Brasília e liberado em janeiro de 2019. A suspensão de seu registro profissional acompanhou-se de condenações financeiras substanciais. Uma das vítimas recebeu uma indenização de R$ 60 mil devido a sequelas advindas de um procedimento estético, enquanto outra obteve uma compensação quase igual, totalizando R$ 24 mil pelos danos sofridos.