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María Corina Machado vence o Prêmio Nobel da Paz de 2025 e se torna símbolo da resistência democrática na América Latina

Líder da oposição venezuelana é reconhecida por sua luta pacífica contra o regime de Nicolás Maduro e pela defesa da democracia no país

Por Ana Lucia
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Coragem, resistência e fé na democracia definem o nome mais comentado do dia: María Corina Machado, líder da oposição venezuelana, foi anunciada como vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025. O reconhecimento vem após duas décadas de enfrentamento pacífico ao regime autoritário de Nicolás Maduro, em meio a um dos períodos mais turbulentos da história da Venezuela.

Aos 57 anos, a engenheira industrial formada pela Universidade Católica Andrés Bello, em Caracas, construiu sua trajetória como uma das vozes mais firmes pela liberdade política e pelos direitos humanos na América Latina. Fundadora da organização Súmate, dedicada à transparência eleitoral, Machado ganhou projeção internacional ainda nos anos 2000, ao denunciar fraudes e abusos durante o governo de Hugo Chávez.

Mesmo sob perseguições, processos judiciais e ameaças, María Corina manteve o compromisso com a transição pacífica de poder. Em 2024, quando foi impedida de concorrer à Presidência, tornou-se a principal articuladora da oposição, apoiando o candidato Edmundo González Urrutia, apontado por observadores independentes como o verdadeiro vencedor do pleito venezuelano.

O Comitê Norueguês do Nobel destacou, no anúncio desta sexta-feira (10), que Machado “representa um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil da América Latina”, ressaltando que sua luta “nunca recorreu à violência, mesmo diante da repressão e da censura”.

O prêmio reforça o papel de Machado como símbolo de resistência democrática em um país marcado por crises políticas e humanitárias. Estima-se que mais de 8 milhões de venezuelanos tenham deixado o país nos últimos anos, fugindo da pobreza, da falta de alimentos e do colapso econômico.

Ao reconhecer o trabalho da líder, o Nobel da Paz de 2025 envia uma mensagem ao mundo: a defesa da liberdade e dos direitos humanos segue sendo o caminho essencial para a paz.

GED

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