Mãe é presa por abandonar seis filhos em casa insalubre em Aparecida de Goiânia

Da Redação
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Seis crianças em situação de abandono foram resgatadas no último domingo (25) em uma residência no Setor Colina Azul, em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. A Polícia Militar foi acionada após denúncia de uma vizinha, que relatou que os menores estavam sozinhos há vários dias. O local apresentava condições insalubres e, segundo os relatos, a mãe dos menores não era vista há cerca de cinco dias.
De acordo com a Polícia Militar, as crianças têm idades entre seis meses e 11 anos. A mais velha, uma menina de 11 anos, cuidava dos irmãos mais novos, incluindo um bebê. As demais têm 3, 6, 8 e 10 anos. A mãe foi presa em flagrante por abandono de incapaz e conduzida para a Central de Flagrantes de Aparecida.
Denúncia partiu de vizinha que já havia presenciado casos anteriores
A denúncia foi feita por uma vizinha de 27 anos, que afirmou aos policiais que essa não foi a primeira vez em que a mulher deixou os filhos sozinhos. “Ela tem o hábito de sair e deixar as crianças por conta própria. A gente já viu isso acontecer antes”, relatou.
Sensibilizada com a situação, a vizinha decidiu acionar a Polícia Militar. Após chegar ao local, os agentes solicitaram que a jovem tentasse contato telefônico com a mãe das crianças. Após várias ligações sem resposta, a mulher atendeu e informou que estava a caminho da residência.
Ela chegou por volta das 21h50 e, ao ser questionada pelos policiais, evitou dar explicações sobre os motivos do abandono. Segundo a PM, a mulher demonstrava resistência em colaborar com a abordagem e não quis entrar em detalhes sobre onde esteve durante os cinco dias em que se ausentou.
Ambiente era impróprio para permanência, segundo a PM
No interior da residência, os policiais relataram uma situação alarmante: roupas sujas espalhadas pelos cômodos, restos de comida em decomposição na cozinha, banheiro em condições precárias e um forte mau cheiro generalizado.
A casa foi considerada um ambiente impróprio para qualquer tipo de convivência, especialmente para crianças de tenra idade.
Diante do cenário, o Conselho Tutelar foi acionado e conduziu as seis crianças para um abrigo provisório, onde estão recebendo atendimento adequado.
A Polícia Civil deverá abrir inquérito para aprofundar as investigações sobre o histórico da mãe e as condições de vida das crianças. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) pode assumir o caso nos próximos dias.
Conselho Tutelar acompanha o caso
As crianças estão sob responsabilidade do Conselho Tutelar, que acompanhará o processo de encaminhamento para possíveis famílias acolhedoras ou reintegração familiar, caso a Justiça entenda que haja condições para isso.
Assistentes sociais e psicólogos também estão envolvidos no atendimento aos menores.
“Estamos tratando esse caso com muita seriedade. São seis crianças que foram expostas a uma situação de extremo risco.
Agora é nossa prioridade garantir a proteção e o bem-estar delas”, afirmou um dos conselheiros responsáveis pelo acolhimento.