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Juntos, somos fortes, unidos somos imbatíveis

Maione Padeiro é presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia (ACIRLAG)

Aparecida de Goiânia hoje é um bom exemplo de como se deve agir para conseguir evoluir. Quando todos têm humildade e trabalham no mesmo objetivo, unindo as forças, desafios aparentemente intransponíveis são superados. Aparecida de Goiânia, há três décadas, era praticamente uma cidade-problema, não tinha perspectiva de melhoria no curto prazo e o trabalho para se fazer parecia não ter fim. Suas lideranças erraram muito e o desenvolvimento patinava, não deslanchava, mas quando a maioria descobriu o poder da união, as coisas passaram a dar certo e os problemas estão, paulatinamente, sendo superados.

Assim como administrar uma cidade, administrar uma empresa ou qualquer outro organismo ou entidade exige foco, objetivo e humildade para unir as forças que impulsionam o crescimento. A união é uma das marcas do associativismo e as entidades classistas do estado de Goiás, como a pioneira ACIEG – Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás –, têm uma história de glórias porque apostaram na união em prol do desenvolvimento econômico, social e empresarial do nosso estado. Com profunda tristeza vemos, nesse momento que deveríamos estar unidos, entidades que representam a classe empresarial fecharem as portas para suas coirmãs, esquecendo-se de que o objetivo maior de sua existência é justamente agregar, congregar, defender o interesse da classe empresarial.

Nós da ACIRLAG – Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia – passamos por muitas dificuldades e discriminação no nosso curto período de existência até aqui. Se não tivéssemos foco, certamente já teríamos desistido, infelizmente por falta de apoio daqueles que afirmam que defendem a união, mas que, muitas vezes, estão assoberbados com o poder e não conseguem abrir as portas para novos parceiros, para novos ares que, afinal, representam a renovação e reoxigenação das lideranças empresariais.

Querer perpetuar-se no poder é um erro que tem custo muito alto. Os líderes têm sua importância, mas devem refletir e lembrar-se de que toda liderança só existe para seus liderados, não tem finalidade em si mesma. As entidades classistas existem para seus associados. Portanto é preciso combater o personalismo, evitar cair na armadilha de que podemos tudo. Juntos, somos fortes, unidos somos imbatíveis.

Cada entidade classista tem sua importância e a concentração de poder afugenta muitos pequenos empresários que se sentem excluídos, pela distância e falta de contato com aqueles que possuem o poder de decisão. Isolados, eles precisam de lideranças locais para carrear seus anseios, levá-los até as instâncias superiores, buscando solução para os problemas. Não é por obra individual que Aparecida é hoje o maior polo industrial do estado. Se trata de uma conquista coletiva, do esforço de muitos pequenos, médios e grandes empresários que acreditaram na união. O município conta hoje com três instituições constituídas e a ACIRLAG é a mais nova e já ultrapassou, em menos de um ano, mais de 100 filiados, associados.

Parece que evoluímos. Mas hoje, mais do que nunca, é preciso fortalecer a classe empresarial, fortalecer as empresas do município em prol do crescimento, porque Aparecida não pode parar, seu desenvolvimento é importante demais para a economia dos seus 600 mil habitantes e para a economia do estado de Goiás. Cada esforço para desenvolver Aparecida de Goiânia é um tijolo agregado à economia de nosso estado.

Precisamos de entidades grandes, médias e pequenas, porque cada uma tem sua relevância e atende determinados segmentos. Sem um desses elos, a corrente de força se quebra. As grandes entidades devem se concentrar, por exemplo, em ações estratégicas e na defesa dos grandes interesses da classe empresarial, especialmente nesse momento em que os incentivos fiscais estão sob fogo cruzado. 

A divisão é o caminho mais curto para sermos derrotados. A resistência e o crescimento vêm com a união. Por isso, a ACIRLAG trabalha focada nos interesses de seus associados, nos interesses da classe que representa, pois um ambiente bom para todos é também um ambiente propício para crescimento da própria entidade, para fortalecimento do associativismo. Nosso foco é a defesa do empresário, do empreendedor, chamando aquele que ainda está na informalidade para se regularizar, crescer, expandir seu negócio.

Mesmo sem apoios externos, estamos trabalhando buscando a união e representatividade e temos crescido de forma vigorosa. A divisão entre as entidades representativas deixa a classe empresarial fragilizada. Isso fica evidente quando vemos empresários sendo convocados para depor em CPIs, expostos desnecessariamente. O caminho para a vitória virá com união e respeito.

A ACIRLAG se solidariza com a história da pioneira instituição comercial, industrial e de serviços do estado, que é a Acieg, e parabeniza seu presidente, Rubens Fileti, que tem humildade e disposição. A Acieg sempre foi incentivadora das demais associações. As entidades classistas não são empresa particular, não são patrimônio individual, portanto necessitam de alternância de poder. Ciscar para dentro, agregar, esse é o princípio da ACIRLAG. As entidades classistas devem trabalhar de portas abertas, em prol do associado, do crescimento, de agregação, para estarem fortes e poder defender sua categoria. Com brigas, quem perde é a classe empresarial. As entidades devem se unir. 

Maione Padeiro é presidente da ACIRLAG – Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia

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