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Jovem que cheirou pimenta recebe alta médica após longo período de internação

Jovem que enfrentou longa internação após cheirar pimenta retorna para casa sob cuidados médicos domiciliares

Após mais de cinco meses de internação, Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, recebeu alta médica do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), em Anápolis. A jovem, que passou mal após cheirar um vidro de pimenta em conserva, chegou em casa acompanhada da equipe médica em uma maca.

A trancista recebeu alta nesta segunda-feira (31/7). Segundo informações do Crer, Thais continuará tendo assistência médica pelo Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) um vez por semana.

Em entrevista ao portal Metrópoles, a mãe de Thais, Adriana Medeiros, conta que é possível ver mudanças na filha já na primeira noite em casa.  “Ela está mais tranquila, mais serena, dormiu melhor, chorou pouco. Está perto da família, das filhas. É uma guerra cerrada e diária, mas a gente tem que se adaptar”, diz.

Adriana informou ao portal, que através de uma campanha nas redes sociais, a família conseguiu arrecadar fundos suficientes para montar uma estrutura hospitalar adequada ao tratamento de Thais, semelhante a uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Além disso, graças as contribuições, foi possível adquirir um carro adaptado para realizar o transporte da jovem com as devidas condições de segurança e conforto.

“Ela recebeu muitas doações, e o dinheiro da vaquinha foi suficiente para comprarmos um carro adaptado, cadeiras, ela tem o quarto dela. O dinheiro restante vai ser todo revertido em tratamento. Inicialmente, ela vai continuar sendo assistida pelo Crer (Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo), durante 10 meses. A equipe vem uma vez por semana em casa, mas ainda será necessário pagar fisioterapia, fonoaudióloga, vez ou outra uma cuidadora”, disse ela ao Metrópoles.

A decisão de permitir que Thais continue o tratamento em casa foi tomada pelos médicos do hospital com o objetivo de evitar novas infecções. Ela receberá acompanhamento da equipe médica em seu domicílio, incluindo terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicólogos.

Relembre o caso

A jovem passou mal no dia 17 de fevereiro enquanto almoçava na casa do namorado e ficou mais de 20 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Anápolis, que informou que a jovem chegou a ter um edema cerebral.

Thais, que já tinha histórico de bronquite, asma e crises alérgicas, enfrentou desafios ao longo da internação, mas apresentou melhoras significativas, conseguindo se sentar durante a fisioterapia e ingerindo o primeiro alimento por via oral desde que se alimentava por sonda.

A família de Thais compartilhou o processo de tratamento e recuperação de Thais no hospital, atualizando cada nova melhoria da trancista pelas redes sociais.

No dia 5 de abril, a mãe de Thais, publicou uma foto da filha tomando sol pela primeira vez desde o acidente com a pimenta. “Nossa menina saiu do quarto para tomar banho de sol pela primeira vez e logo após retornou para seus exercícios com a equipe de fisioterapia. Cada conquista dela é uma realização para nós!”, contou a mãe na época.

Depois de 80 dias de internação, as filhas da transcista, Antonella de 6 anos e Valentina de 8, foram visitá-la pela primeira vez desde que ela passou mal.

“Eu vou ensinar ela a olhar, a falar, a andar”, explica Antonella, quando questionada sobre sua disposição para ajudar a mãe.

Agora, com a alta médica, Thais terá a oportunidade de dar continuidade ao tratamento em casa, com o apoio da família e da equipe médica, em busca de sua recuperação.

GED

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