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Internet avança e chega a 84% dos domicílios brasileiros, revela pesquisa

Cerca de 64 milhões de residências brasileiras possuem conexão com a internet, de acordo com a pesquisa TIC Domicílios 2023 que foi divulgada hoje (16) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). O valor indica que 84% das casas do país estão conectadas à rede, um aumento de quatro pontos percentuais na comparação com 2022.

O estudo mostrou que as classes C e DE foram as que mais avançaram no uso da internet. A classe C saltou de 87% para 91% em 2023 e a DE de 60% para 67%.

O índice de 84% de casas com internet indica que cerca de 156 milhões de brasileiros acessaram a rede pelo menos uma vez nos três meses anteriores à pesquisa.

InternetEm 2023, a internet já alcança 64 milhões de residências brasileiras. (Imagem: Andre Coelho/Getty Images)

De acordo com o relatório, 99% das pessoas disseram ter acessado a internet pelo smartphone, que é disparado o dispositivo mais utilizado. Na segunda e terceira colocação aparecem televisão (58%) e computador (42%), respectivamente.

Nos celulares, a maioria da população (60%) utiliza plano pré-pago, enquanto o pós-pago é utilizado por 36% dos brasileiros. Em relação ao tipo de conexão, 97% dos usuários da classe A acessam a rede por Wi-Fi e rede móvel nos celulares, enquanto nas classes DE, 36% só acessam por Wi-Fi e somente 11% por redes móveis.

Preço e velocidade de conexão

O levantamento TIC Domicílios 2023 mostra vários outros indicadores do uso da internet no Brasil. Dentre os recortes, a pesquisa mostra que o valor médio pago pela maioria dos brasileiros pelo principal serviço de internet fica entre R$ 101 e R$ 150 reais.

Na segunda faixa de preço estão os valores de R$ 91 a 100, enquanto a terceira maior faixa de preço foi calculada entre R$ 71 a R$ 80.

CelularA maioria esmagadora dos brasileiros utiliza a internet pelo celular. (Imagem: Charday Penn/Getty Images)

Em relação à velocidade, 29% dos brasileiros utilizam conexões de 51 Mbps ou mais na banda larga. O que o levantamento mostra, porém, é que outros 27% de brasileiros disseram não ter acesso à banda larga fixa.

Inclusive, nos domicílios sem acesso à internet, a maioria dos respondentes (55%) disse achar o serviço muito caro.

Necessidade de avanços

O estudo TIC Domicílios 2023 foi desenvolvido pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Segundo Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br/NIC.br, apesar da maior cobertura de internet nas classes mais pobres, ainda há avanços para serem feitos.

Barbosa argumentou que os números mostram que ainda existe uma desigualdade no uso da internet e que é importante diminuir estas diferenças para que todos possam aproveitar os benefícios que a rede pode oferecer.

internetAs classes, C,D e E ainda têm problemas para receber conexão de internet. (Imagem: Alexandre Schneider/Getty Images)

“Apesar do recuo [do número de pessoas sem internet], o número de brasileiros desconectados ainda é preocupante, na medida em que muitas atividades e serviços são disponibilizados exclusiva ou preferencialmente no ambiente online. Não ter acesso à Internet pode significar estar excluído de inúmeras oportunidades”, pontuou.

GED

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