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Inflação de 2024 atinge alta de quase 5% e reflete aumento contínuo de preços desde a pandemia

Da Redação
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A inflação de 2024 não foi apenas uma sensação: ela realmente foi alta, registrando uma média de quase 5% no ano passado, conforme os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados nesta sexta-feira. Esse resultado está consideravelmente distante da meta de inflação do Brasil, que estipula uma variação anual de 3%. Além disso, o aumento nos preços reflete um período de alta inflação que perdura desde os anos da pandemia, exacerbado por fatores como choques globais de oferta, crises cambiais, guerras e quebras climáticas.


Ao longo dos últimos cinco anos, desde o início da disseminação do coronavírus, a inflação acumulada no Brasil foi de 33%, o que representa um peso considerável nos preços de uma série de produtos. Produtos que, já afetados pelas dificuldades econômicas anteriores, viram seus preços aumentarem drasticamente. Um exemplo claro disso é o arroz, cujo valor dobrou no supermercado, além de itens como óleo de soja (alta de 106%), azeite de oliva (120%) e café (133%).
As frutas, por sua vez, foram campeãs de alta, especialmente devido a safras ruins no ano passado, com destaque para a laranja, que acumulou um aumento de 247% no preço, e a tangerina, que chegou a um impressionante aumento de 385%, quase cinco vezes seu preço original.
Os combustíveis também registraram aumentos significativos, pressionados por fatores como a alta do dólar e tensões globais no mercado de petróleo. O botijão de gás ficou quase 60% mais caro, e o óleo diesel teve uma alta de 61%. A gasolina, que possui preços controlados principalmente pela Petrobras, subiu 34%, e o etanol, por sua vez, aumentou 33%.
Além dos alimentos e combustíveis, outros itens do cotidiano também sofreram reajustes elevados. As assinaturas de plataformas de streaming, como Netflix, Amazon Prime e Globoplay, subiram em média 46%, enquanto os custos das viagens por aplicativos como Uber e 99 aumentaram 45%, muito acima dos 26,5% de alta nas tarifas de táxi.

GED

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