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Indonésia proíbe venda de iPhone 16 e Apple Watch series 10

Da Redação
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A Indonésia tomou a decisão de proibir a venda do iPhone 16 e do Apple Watch Series 10 após a Apple não cumprir com os acordos de investimento exigidos pelo governo indonésio. Desde 2017, o país implementou políticas de conteúdo local que exigem que uma porcentagem significativa dos produtos vendidos seja fabricada no território nacional. O objetivo dessas regras é claro: atrair investimentos estrangeiros, desenvolver a indústria tecnológica local e capacitar a força de trabalho.
Embora a Apple tenha investido cerca de 1,48 trilhão de rupias em infraestrutura e desenvolvimento de academias de inovação na Indonésia, esse valor ainda está abaixo do montante exigido de 1,71 trilhão de rupias. A falta de cumprimento desse requisito levou à decisão de impedir a comercialização dos novos produtos da marca no país.
A Indonésia vem se consolidando como um “novo China” para multinacionais de tecnologia, atraindo empresas como Google, Tesla e Samsung. Esses investimentos são impulsionados pela disponibilidade de recursos naturais, uma força de trabalho jovem e incentivos governamentais, tornando o país uma alternativa atraente para as empresas que buscam reduzir sua dependência da China amid tensões comerciais globais.
Com a imposição de requisitos de conteúdo local, o governo indonésio tem fortalecido sua posição nas cadeias globais de valor, estabelecendo condições que as empresas devem seguir para operar no mercado local. Essa estratégia não apenas diversifica a economia, mas também permite que a Indonésia exerça maior autonomia nas negociações com grandes multinacionais.
Sob o governo do presidente Prabowo Subianto, a Indonésia tem mostrado um tom mais assertivo na atração de investimentos estrangeiros. A decisão de proibir as vendas dos novos dispositivos da Apple envia uma mensagem clara: o acesso ao mercado indonésio exige uma contribuição significativa para o desenvolvimento econômico local.

GED

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